Os profissionais da saúde, dirigentes de hospitais e as pessoas necessitadas de tratamento vivem um caos nunca imaginado e de solução cada vez mais difícil. Foi o que, em resumo, afirmou, em nosso programa na Assunção AM, a Dra. Mayra Pinheiro, médica intensivista e neuropediatra, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, tendo em vista a catastrófica situação em que se encontra esse setor em nosso estado.

Uma das muitas motivações para essa indignação, que é também de todos os cearenses, é a polêmica decisão do titular da Saúde do Estado, Henrique Javi que, alegando contenção de gastos, proibiu de trabalhar no Hospital de Messejana os médicos cooperados. Naquele hospital, referência nacional em cirurgias, existe uma grande fila de pessoas aguardando cirurgias urgentes e que, se não forem operadas, correrão grande risco de vida. “Hoje mesmo, afirma a Dra. Mayra, testemunhamos naquele hospital o triste espetáculo de uma imensa fila, nos corredores e até sob as árvores do pátio”.

Esse estado caótico, que atinge de cheio a cidade de Fortaleza, envolve os grandes hospitais estaduais e municipais. Tal estado de coisas é do conhecimento do governador Camilo que, segundo a presidente do Simec, tem recebido as instituições sindicais, que lhe passam toda a realidade. Para ela, em momento de tal dramaticidade, que exige medidas em curto prazo, em vez de um novo IJF, a saída mais prática para aliviar o sufoco geral, seria fazer o que a classe médica propõe e defende, ou seja, melhorar o velho IJF, e dar condições de funcionamento aos Frotinhas e Gonzaguinhas de Fortaleza. São sugestões dignas de acatamento, e para já.

Pressões Para a Dra. Mayra Pinheiro (foto), se há recursos aprovados para a saúde, que a bancada federal pressione o Governo pela liberação, pois, além do mais, prefeituras falidas, com hospitais sucateados, só têm uma saída que só agrava tudo: mandar seus doentes para Fortaleza.

“Fogo na… coivara”, é o que vai enfrentar, quando tiver que encarar, de frente, nada menos do que Mova-Se, CUT e Sindicato Apeoc, juntos e “em coro”, por reajuste salarial.
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