Na certeza de que a presidente Dilma terá de se afastar por 180 dias devido à continuidade do processo de “impeachment” no Senado, o vice-presidente Michel Temer e seus auxiliares mais próximos já cuidam de definir um esboço de ministério. Algumas sugestões para mexer nos ministérios que aí estão já são apresentadas, como as fusões do Ministério da Educação e da Cultura, assim como as pastas do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. Na cota pessoal dele, ficariam Fazenda, Justiça, Casa Civil, AGU, Defesa, Itamaraty e Secretaria de Governo. As demais pastas, para negociar com apoiadores, entre eles o PSDB. Até aí, tudo bem, mas Temer terá de trabalhar em cima de uma realidade: não poderá cometer os mesmos pecados, que puseram por terra o governo da presidente Dilma. Ela, desde que assumiu, nunca confiou em ninguém, concentra e não delega poderes, detesta políticos e a política, mentiu em excesso para se reeleger.

Temer não tem esse tipo de comportamento, e é bom que evite a todos eles, que levaram Dilma a ser, hoje, apenas uma presidente de direito e não de fato. O primeiro sinal amarelo foi a pesquisa segundo a qual, o eleitor que rejeita Dilma, não é também simpático a ele. Sem tempo para muitos rodeios, Temer, uma vez no poder, terá de tentar livrar o País da herança maldita de uma economia em frangalhos, além de enfrentar furiosas hostilidades dos que detestam a maneira como ele “encurtou” as “veredas” para assumir o poder. O êxito do futuro que ele começou a desenhar no Palácio Jaburu vai depender muito da maneira como conseguir estabelecer as diferenças entre uma presidente hermética e intolerante e um presidente, mesmo que provisório, mas aberto, acessível e atento às opiniões daqueles que estão com a razão.

É através… de eventos dessa natureza, que o coordenador do Iplanfor, Eudoro Santana, pretende levar a todos os seguimentos da sociedade essa visão de futuro para a capital cearense.

Prestígio O deputado Danilo Forte (PMDB) um dos grandes articuladores do “impeachment”, deverá ser destaque num governo Temer, a quem visitou, com toda a família, no Jaburu.

Em entrevista… ontem, o senador Tasso Jereissati afirmou que, no caso do “impeachment”, a Câmara dos Deputados “fez o seu papel, cabendo agora a todos nós a serenidade e união de forças”.

Referiu-se Tasso…
à comissão especial do Senado, onde o PMDB não deve querer a presidência nem a relatoria, e que o senador Eunício “deve entender que não fica bem para o partido e para Temer”.

E como ficam… os comunistas e “comunistas” do Ceará, se o esquálido PCdoB, que sonhava sair do “impeachment” como “salvador” da presidente Dilma, terminou naufragando junto com ela?…

Comemorando Hoje, às 19 horas, na sede do CIC, a posse do presidente Ramalho Neto. Ali estarão Facic, Faec, Associação Comercial, AJE, Fiec e outras entidades que defenderam o “impeachment”.

O “impeachment”…
diz o ex-governador Lúcio, presidente do PR, “fortaleceu os senadores Tasso e Eunício”, e serviu para trazer a público “a decadência política dos irmãos Cid e Ciro Gomes”.

Temendo o pior… no Senado, o comando do PT nacional pretende propor que a presidente Dilma reduza em dois anos o seu mandato, e convoque eleições presidenciais para já, ou seja, em outubro.

Em sua lealdade…
e dedicação à presidente Dilma, o líder do Governo, José Guimarães, para melhorar-lhe o astral, garantira-lhe 200 votos contra o “impeachment”. Faltaram “apenas” NÃO…

“Essa não é hora só de parabéns, mas sim de muita reflexão sobre os acontecimentos que virão nos próximos dias”. Vice-presidente Michel Temer, a amigos que o cumprimentavam domingo, no Palácio Jaburu.