27.8 C
Fortaleza

Sete megatendências

Segundo a Fundação Dom Cabral, “megatendências são baseadas em expectativas generalizadas, originadas das mudanças estruturais que já são observadas na sociedade, natureza e nas relações entre economias.” Pode ser até palavra da moda, mas nada se planeja no mundo, atualmente, desconsiderando esses conceitos. E no setor autoindustrial, então, nem pensar em qualquer passo adiante, mesmo em curto prazo, sem analisar com uma lupa essas interações.
Um dos mais recentes e completos estudos é de autoria de Dave Leggett, editor-chefe do site inglês just-auto, no qual este colunista atua como correspondente no Brasil há 10 anos. O trabalho, longo e detalhado, denomina-se “Uma avaliação das megatendências que conduzirão as mudanças na indústria automobilística”. No sumário executivo ele aponta sete megatendências.
Mundo em crescimento, urbanizado e multipolar – Possibilidades e desafios são imensos. Uma crescente classe média nos países em desenvolvimento está no centro dessa nova onda de consumo. A imensa população indiana e sua baixa taxa de motorização atraem oportunidades que também existem em outros emergentes e regiões do mundo.
Mais consolidação industrial adiante – Novas alianças entre marcas são possíveis para dividir custos e reforçar presença global. A fragmentada indústria chinesa encara considerável reorganização. No setor de autopeças, as fusões estão ocorrendo pelo rápido crescimento em tecnologias avançadas como conectividade e eficiência do trem de força.
Carros mais “verdes” aceleram – Indústria está sob pressão para diminuir emissões de CO2. Opções de trem de força permanecem fragmentadas, com dominância crescente de motores a gasolina de três e quatro cilindros. Participação de diesel na Europa cairá na esteira do “dieselgate” da VW e da chegada de motores a gasolina menores e mais eficientes.
Novos modelos de negócio proliferam – No dinâmico espaço da mobilidade pessoal, as companhias que abraçarem tendências, a exemplo do Uber, crescerão. Compartilhamento de carros por meio de frotas ou “clubes” e plataformas desse tipo vieram para ficar. Fabricantes podem evoluir de sua função primária para provedores de serviços de mobilidade.
Carros autônomos estão chegando – Desenvolvimento está sendo rápido, em diferentes níveis de assistência ao motorista. A indústria caminha para o automóvel autônomo, mas não há cronograma claro e grandes obstáculos permanecem.
Pessoas e carros conectados – A revolução do telefone inteligente está sacudindo o conceito de entretenimento. Rápidas mudanças tecnológicas levarão a uma batalha entre a conectividade por meio de sistemas existentes a bordo e os que já estão disponíveis no celular.
Revolução digital põe o cliente no topo – Vendas ao consumidor final mudarão de foco no produto para se concentrar no comprador. Novas estratégias fundirão atendimento na loja, online e em dispositivos móveis (celular e tablete) para melhorar a experiência de compra. Incluem marketing personalizado e Gerenciamento de Relações com o Cliente. Nas grandes cidades haverá centros de marcas com o crescente uso de estratégias digitais em substituição ao relacionamento tradicional cliente-concessionária.

Roda Viva

Correu pelo mundo a notícia de que a Noruega iria banir a comercialização de automóveis com motores de combustão interna a partir de 2025. O governo norueguês acaba de desmentir, informa a agência Reuters. O País continuará a incentivar tecnologias mais limpas até uma substituição natural, sem prazos. Parte de sua grande riqueza vem do petróleo.

Para atender a legislação de eficiência energética, a GM estendeu ao motor de 1,8 L do sedã Cobalt 2017 as mudanças já apresentadas nos 1,0 L e 1,4 L de Onix/Prisma. Câmbio manual também passou de 5 para 6 marchas. Além do ganho de 3 cv (agora, 111 cv) e 0,6 kgfm (para 17,7 kgfm), peso diminuiu em 36 kg. Consumo chega a 15,1 km/l com gasolina (estrada). Preços: R$ 62.190 a 68.990.

Monovolume Spin, mais alto e pesado, exigiu alterações adicionais. Motor é o mesmo do Cobalt, mas para melhorar o consumo a GM adotou controle ativo de entrada de ar ao radiador e outros recursos técnicos. Em estrada com gasolina alcança 13,7 km/l e também nota A pelo Inmetro. Preços subiram em média 2% e vão de R$ 57.990 a 71.990.

Embora tardio, há agora um projeto de lei no Senado que restringe o uso obrigatório de faróis baixos ou luzes de uso diurno (DRL, sigla em inglês) a vias rurais asfaltadas apenas, excluindo trechos urbanos de rodovias. Por enquanto, as multas urbanas ficam como estão por decisão arbitrária e ilegal do Denatran, que só adicionou ainda mais confusão ao controvertido tema.

Campanha simpática da área de lubrificantes da Shell para destacar o papel do automóvel na sociedade brasileira. O concurso cultural vai até 26 de setembro e os consumidores devem contar histórias pessoais em que carros são protagonistas centrais. Há três exemplos no site www.shell.com.br/helix-retribua. Os filmes, bem produzidos, merecem ser vistos.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img