“São fortes os indícios e gravíssimas
as irregularidades”
Deputado Goulart (PSD-SP), explicando
seu apoio ao impeachment de Dilma
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo contra Dilma e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral, não tem prazo para apresentar o parecer que pode cassar a chapa PT-PMDB. A presidente e seu vice respondem a uma representação, duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, considerada a peça acusatória mais completa de todas.
Retardamento
O caso é, na prática, retardado pelo PSDB. A cada novo aditamento, engrossando as denúncias, reabre-se prazo para defesa.
Preocupação
extra
O Planalto não está otimista. Além do processo, o TSE será presidido até 2018 por Gilmar Mendes, que não teme criticar o PT e o Governo.
Na reta final
O relatório do caso pode não ser apresentado pela ministra-relatora Maria Thereza: seu mandato no TSE expira em 2 de setembro.
Vai demorar
Caso o TSE cancele o registro da chapa Dilma-Temer e, portanto, sua vitória em 2014, o processo ainda será julgado no Supremo.
Coincidência incrível
O valor de US$1,2 bilhão pelo qual a Petrobras Argentina será vendida é o exato valor (superfaturado) só da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Outro mau negócio
Esse será o segundo mau negócio da Petrobras na Argentina: em 2010, vendeu por apenas US$ 110 milhões, uma refinaria e 360 postos.
Endereço manjado
A refinaria e 360 postos foram vendidos a Cristóbal Lopes, o “Carlinhos Cachoeira da Argentina”, que virou empresário na era Kirchner.
No muro, como sempre
A adesão do PSDB a eventual governo Michel Temer (PMDB) não será automática. Tucanos conversam com o vice, mas querem “avaliar a aceitação” do político do PMDB antes de descer do muro.
Na hora certa
Michel Temer tem evitado a ebulição de Brasília e se refugiado em São Paulo. Mas, na votação do parecer da comissão do impeachment, será diferente. Ele pretende sentar praça (e articular) no Palácio do Jaburu.
Otimismo
O experiente deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez as contas e concluiu que o impeachment será aprovado com 38 votos na comissão processante e ao menos 350 votos no plenário da Câmara.
Sem compromisso
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), garante que não fez promessa de votos contra o impeachment, ao contrário do que o Governo diz, tampouco solicitou outro ministério para chamar de seu.
Meirelles não quer
Amigos de Henrique Meirelles contam que o ex-presidente do Banco Central não topa assumir o Ministério da Fazenda, caso Lula o convide. Dirá sentir-se honrado, coisa e tal, mas “não”.
Direitos cortados na Conab
Diretor da Conab ligado ao PT, João Intini causa revolta por lá. É que, diretor de Política Agrícola, assumiu a área de Gestão de Pessoas após o rompimento do PMDB com o Governo. Intini é acusado pelos servidores de suprimir direitos, incluindo aviso prévio e horas extras.
Velho conhecido
Em seu emocionado desfile na Câmara, dias atrás, após cumprir pena no mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson visitou gabinetes, mas evitou encontrar Eduardo Cunha, seu “bandido favorito”.
Não dá para garantir
Gilberto Kassab, dono do PSD e ministro das Cidades, quer emplacar o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) no cargo de ministro do Turismo. Mas, nem assim ele consegue garantir o apoio do partido a Dilma.
Pensando bem…
…se não repetir lorotas do tipo “golpe”, Dilma Rousseff vai dizer o quê sobre as denúncias de dinheiro roubado da Petrobras em sua campanha?
O PODER SEM PUDOR
Memória afiada
Em 1994, o senador Áureo Mello passou o Carnaval no Rio. Certo dia, ele viu nos jornais a famosa fotografia de Itamar Franco com a modelo Lílian Ramos, no Sambódromo. Ela vestia só uma camiseta, expondo toda a sua intimidade. Um amigo puxou conversa com o senador:
– Que papelão do Itamar na avenida…
Áureo ajeitou os óculos, aproximou o jornal do rosto e exclamou:
– Meu Deus! Se não me falha a memória, isto aí é a dita cuja!
Era.