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Fortaleza

Um Plenário às moscas

Nos anos 50-60, para quem gostava de vivenciar e acompanhar de perto a política, não havia espetáculo mais atraente do que assistir, das galerias da velha Assembleia Legislativa, as sessões com discursos brilhantes e eruditos, e debates envolvendo parlamentares do estofo de Pontes Neto, Mauro Benevides, Péricles Moreira da Rocha, Aquiles Peres Mota, Almir Pinto, entre outros. Ali, valia a pena terem-se verdadeiras aulas de retórica política e de prática parlamentar. Uma academia política gratuita.
À proporção em que as coisas foram se modernizando, e depois que o Poder Legislativo Estadual mudou de casa para a sua atual sede, já tivemos também grandes momentos, muitos deles marcados pela dramaticidade, mormente à época dos governos militares, quando o clima na AL era de temor, diante da sanha de cassação dos governos militares. Mesmo assim, ainda se assistiu a espetáculos grandiosos, como por ocasião da Constituinte estadual de 1989, depois da qual perdemos alguns dos melhores oradores.
Hoje a situação é outra. Mesmo que entre os atuais ocupantes daquele Plenário pontifiquem vários deputados de bom nível, os grandes debates escasseiam, e não à falta de temas para debater. O problema é que, a cada eleição, o empenho dos deputados para se reeleger está acima de tudo. E, em vez de procurarem ganhar votos em atuações marcantes na tribuna, deixam o Plenário para impedir que outros políticos, inclusive do mesmo partido, lhes tomem os votos, fazendo do Plenário 13 de Maio um triste deserto.

ACERTO DO PREFEITO – Uma das decisões mais elogiáveis do prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, nos últimos dias, foi a criação da Bolsa Residência destinada a incentivar e ajudar médicos recém-formados, e que se dispõem a trabalhar como Médicos de Família. Essa ajuda será proporcionada a médicos indicados e pelo Governo Federal. Não teremos que importar médicos de Cuba, cujos salários são surrupiados pela ditadura de lá.

DINHEIRO MAL GANHO – Alguns políticos e pastores, inclusive do Ceará andam querendo estripar Ciro Gomes, por ter falado em dinheiro do tráfico e de “algumas igrejas” financiando candidatos. Esse “algumas”, que muitos não traduziram direito, só podia ser Igreja Universal, do Bispo Macedo, cujo dinheiro tem sido fruto da comercialização e das negociatas das coisas da fé com seus fiéis e sócios endinheirados.

POSSE – A propósito do tema do nosso comentário de hoje, ou seja, o abandono do Plenário da AL por muitos parlamentares, algumas lideranças oposicionistas resolveram anunciar que, se os deputados que compõem a bancada governista não resolverem frequentar e participar das sessões, que estão cada vez mais difíceis de realizar, eles passarão a se apossar da Mesa e da Tribuna, onde farão grande parte de sua campanha.

MAS COMO? – Ao saber dessa “ameaça” dos oposicionistas, o deputado Ely Aguiar,
que jura de pés juntos não ser governo nem oposição, faz uma indagação razoável aos que estão fora da base governista: se eles, que não passam de meia dúzia querem mesmo “invadir” a tribuna, como é que o farão se não têm mais que meia dúzia de deputados? Diante disso, pergunta-se para abrir sessões terão que “alugar” alguns governistas…

CPI NELES! – O deputado Audic Mota está entre aqueles que apoiam em todos os sentidos a realização, pela Câmara dos Deputados, de uma CPI para investigar as trapalhadas com as administradoras de Cartões de Crédito. É difícil entender como o BC vem reduzindo aos níveis mais baixos os juros da SELIC, enquanto os juros dos Cartões de Crédito permanecem estratosféricos. É uma ladroagem bem típica de escroques.

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