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Uma velha inimiga

 

Os latino-americanos mais velhos guardam lembranças muito nítidas da hiperinflação. A hiperinflação destroça empresas, corrói sistema políticos e tem consequências particularmente nefastas para os mais pobres. Era de se esperar que a América latina tivesse aprendido essa lição amarga. No Brasil, o Governo eliminou subsídios à energia elétrica e gasolina em 2015. Mas, segundo o economista Edmar Bacha – que nos anos 1990 integrou a equipe responsável por controlar o então crônico processo inflacionário brasileiro – , a principal razão de a inflação estar tão alta, apesar da recessão profunda que o País atravessa, é a indexação de preços. Em janeiro, por determinação legal, houve um reajuste de 11,6% no salário mínimo. O aumento tem impacto sobre outros salários e sobre as aposentadorias da Previdência Social, além de influenciar os preços dos serviços. Somado à negligência fiscal dos últimos anos, torna risível a meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, fixada pelo Banco Central.

Arrecadação
A arrecadação de impostos e contribuições federais do Governo somou R$ 87,8 bilhões em fevereiro, o que representa uma forte queda real de 11,5% frente ao mesmo mês do ano passado, informou a Secretaria da Receita Federal. A arrecadação de fevereiro foi a pior para o mês desde 2010, ou seja, em seis anos. Em fevereiro do ano passado, as receitas somaram R$ 99,3 bilhões e, em fevereiro de 2014, R$ 98,82 bilhões. Os números foram corrigidos pelo IPCA.

Páscoa
Uma pesquisa da Fecomércio revelou que cerca de 75 milhões de brasileiros devem comprar algum tipo de presente de Páscoa em 2016, e que o gasto médio apontado por 49% das pessoas que pretendem comprar será de R$ 45,14. Esse consumo deve injetar R$ 3,4 bilhões na receita do comércio do País. Resultado menor, contudo, do que o observado em 2015. O resultado representa uma retração de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Gasolina
As vendas de gasolina no Brasil caíram 2,6% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2016 ante o mesmo período de 2015, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo.

Dólar
Seguindo o movimento externo e ainda com a expectativa de mudanças no Governo, o dólar comercial operou em queda. Às 14h18, a moeda americana era negociada a R$ 3,604 na compra e a R$ 3,606 na venda, com recuo de 1,25% ante real – na mínima chegou a R$ 3,604. A Bovespa registra queda de 0,78%, aos 50.516 pontos, devolvendo parte dos ganhos do último pregão, quando registrou a maior alta desde 2009.

 

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