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Verão da crise

Este verão não será igual ao que passou. O brasileiro reforçou o empenho para manter o hábito de viajar nas férias, mas teve de recorrer ao jeitinho: no lugar das compras, o foco, agora, são passeios. Aquela longa viagem de janeiro, agora, dura menos tempo, mas o pagamento pode acabar somente no verão de 2017. Promoções, roteiros mais curtos e para destinos mais próximos, câmbio reduzido, parcelamento em até 24 vezes (com juros) ou dez vezes sem juros se tornaram palavras de ordem entre as empresas de turismo. Para a maioria, o Nordeste é destino preferencial neste verão. O vice-presidente de vendas da CVC diz: No verão, o Brasil sempre é o destino mais forte. Mas, este ano, a procura por viagens no País subiu 20%. Não tem menos gente viajando. O que mudou foi o jeito de viajar: a pessoa faz o que sonhou em destino mais próximo.

Gastando
O sistema de saúde é universalizado, mas dados da Pesquisa Conta Satélite de Saúde do IBGE mostrou que há um desequilíbrio: a conta do cidadão tem sido maior que a do Governo. Segundo o estudo, em 2013 o brasileiro gastou 22% a mais que a União para ter acesso a bens e serviços de saúde.

Com a saúde
Enquanto o Estado teve um dispêndio de R$ 946,21 por pessoa, o gasto per capita para as famílias ficou em R$ 1.162,14. No país, 55,1% das despesas com saúde foram arcadas pelas famílias, enquanto 44,9% foram cobertas pela administração pública — índices estáveis em relação a 2010, ano de início deste estudo, quando essa divisão ficou 54,8% e 45,2%, respectivamente.

Tempestade perfeita
Uma “tempestade perfeita” de eventos econômicos lançou as empresas brasileiras no que um diretor da agência Fitch chama de “maior crise de geração de caixa em, pelo menos, uma década”. Segundo a avaliação da firma de classificação de risco, estrangula a saúde financeira das companhias a combinação de pouca demanda, desemprego, inflação e juros elevados, real e commodities enfraquecidos e retração no crédito.

Calotes
Com isso, o Brasil tem encabeçado a lista de calotes de títulos internacionais na América Latina. Em 2014, três empresas da região entraram em default, sendo duas brasileiras. Este ano, foram sete calotes de firmas brasileiras entre oito defaults na região, num total de US$ 4,5 bilhões em dívidas.

Energia
As bandeiras tarifárias cobradas como adicional das contas de luz poderão ganhar, a partir de fevereiro, um novo patamar para representar melhor a evolução dos custos para gerar a energia. Cálculos da Aneel indicam que a bandeira vermelha ficou severa demais e gerou um excedente de R$ 525 milhões apenas nos meses de agosto e setembro. Hoje as contas de luz são calculadas com bandeiras verde (sem custo extra), amarela (custo intermediário, de R$ 2,50 a cada 100 kWh em 2015) e vermelha (de R$ 4,50). A proposta é que passem a existir as bandeiras vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2.

Natal mais caro
Em ano de inflação alta, os consumidores já sentem o orçamento mais apertado. Na hora de fazer as compras para a ceia de Natal, o impacto será ainda maior. O preço dos ingredientes para a mesa de Natal está 16,12% mais alto em novembro deste ano, frente a dezembro do ano passado, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV/Ibre. A alta é maior que a do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 10,39%, e que a inflação de alimentos, de 10,88%.

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