Ao término do primeiro semestre de 2024, a percepção geral entre os brasileiros é de que o país apresenta melhorias em relação ao ano anterior, conforme revela a terceira edição da pesquisa Radar Febraban. Cerca de 46% dos entrevistados consideram que houve avanços, um índice que se mantém estável desde abril. Paralelamente, 31% acreditam que a situação está igual a 2023, um aumento de um ponto percentual em comparação ao levantamento anterior.
O otimismo também é visível quanto às expectativas para o restante do ano, com 78% dos entrevistados prevendo que o país melhorará (55%) ou permanecerá na mesma situação (23%). Desde fevereiro de 2023, essa perspectiva positiva tem se mantido, superando os 53% registrados naquele período.
Conduzida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) entre 28 de junho e 4 de julho, a pesquisa abrangeu 2 mil pessoas em todas as regiões do Brasil, mapeando não apenas a percepção econômica, mas também questões como endividamento e o uso do Pix.
Apesar do sentimento geral de melhoria, a inflação continua sendo uma preocupação significativa para os brasileiros em 2024. A maioria, 73%, percebe um aumento nos preços dos produtos, um número que se manteve elevado ao longo dos últimos meses. A percepção de queda nos preços, que chegou a 24% no final de 2023, diminuiu para 8% em julho deste ano, enquanto 17% consideram que a situação inflacionária permaneceu estável.
“Os brasileiros iniciam o segundo semestre do ano com sentimentos predominantemente positivos, embora cautelosos em relação à economia nacional. Há uma percepção de melhoria geral e uma esperança de progresso futuro, mas o impacto persistente dos preços em diversas categorias de produtos e serviços tem moderado o otimismo”, analisou Antonio Lavareda, sociólogo e cientista político, que preside o Conselho Científico do IPESPE.