O dólar cai nesta quinta-feira (5), influenciado pelo anúncio de nova atuação do Banco Central no mercado cambial, a segunda do tipo nesta semana. Já a Bolsa oscila, afetada por resultados corporativos e em linha com a indefinição nos mercados acionários americanos.
Às 13h08, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,56%, para R$ 3,779. No horário, o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, tinha desvalorização de 0,34%, para R$ 3,781. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar subia em relação a 15, enquanto perdia força ante sete das dez principais divisas mundiais -só se valorizava em relação à libra britânica, ao franco-suíço e ao iene japonês.
Às 13h09, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, tinha leve queda de 0,16%, para 47.635 pontos.
A desvalorização do dólar ocorre um dia após o Banco Central anunciar a realização de novo leilão de empréstimo de dólares nesta quinta-feira. Serão ofertados US$ 500 milhões, divididos em duas operações: às 15h15 e às 15h30.
O BC também deu continuidade, pela manhã, à rolagem dos contratos de swaps cambiais (que equivalem a uma venda futura de dólares) que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos.
Os investidores analisam também declarações de Altamir Lopes, diretor de Política Econômica do BC, que afirmou que a instituição “adotará as medidas necessárias para o cumprimento dos objetivos do regime de metas e para trazer a inflação à meta de 4,5% ao ano em 2017.”
Ele descartou haverá pressões adicionais sobre o câmbio e afirmou que o impacto de um eventual aumento de juros nos EUA “pode não ser tão significativo”, embora sempre vá gerar alguma “volatilidade”. “E isso tem de ser levado em consideração, seja nas decisões de política monetária ou cambial [no Brasil].”
EUA
Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego registrou o maior aumento em oito meses na semana passada, mas manteve-se em níveis consistentes com um mercado de trabalho saudável.
O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentou em 16 mil, para 276 mil segundo números ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 31 de outubro. Esse foi o maior ganho semanal desde fevereiro. Durante boa parte de outubro, o número semanal de pedidos de auxílio-desemprego vinha oscilando pouco acima das mínimas em 42 anos. O dado da semana anterior não foi revisado.
Foi a 35ª semana consecutiva em que o número de pedidos ficou abaixo do marco de 300 mil, que normalmente é associado com um mercado de trabalho forte.
Investidores aguardam ainda a divulgação do relatório de emprego oficial dos EUA, que será publicado nesta sexta-feira.
Internamente, o governo sofreu derrota em votação do projeto que cria um programa para regularização de recursos mantidos por contribuintes no exterior.
No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos sobem nesta sessão na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 passou de 14,245% para 14,256%, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,560%, ante 15,520% na última quarta-feira.
AÇÕES
A Bolsa brasileira oscilava em razão de resultados corporativos e aguardando a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, que pode reforçar a intenção de o banco central americano elevar os juros em dezembro.
Destaque para a queda das ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Petrobras, que, às 13h06, caíam 0,86%, para R$ 8,01. As ordinárias —com direito a voto— tinham queda de 0,20%, para R$ 9,87.
As ações da mineradora Vale também caem nesta sessão. Às 13h07, os papéis preferenciais tinham desvalorização de 1,77%, para R$ 13,83. No horário, os papéis ordinários tinham queda de 2,58%, para R$ 16,95.
DA REDAÇÃO DO ESTADO ONLINE
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Fonte: Folhapress
(AG)
