A economia do Governo Central – formado pelo Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social – para pagar os juros da dívida pública foi de R$ 61,37 bilhões no primeiro semestre, o que proporcionou um superávit primário 43,9% superior aos R$ 42,63 bilhões economizados no mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados ontem pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Apenas de janeiro a junho, o esforço fiscal foi quase o equivalente à meta de R$ 62,6 bilhões estabelecida para todo o ano. Esse número ainda não inclui os R$ 14,2 bilhões destinados ao Fundo Soberano do Brasil nem a elevação em R$ 750 milhões da meta de superávit primário que será publicada em decreto nos próximos dias.
Na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País, o superávit primário do Governo Central nos seis primeiros meses do ano somaram 4,41%. No mesmo período de 2007, essa proporção foi de 3,45%.
Em junho, o Governo Central economizou R$ 7,9 bilhões, contra R$ 5,5 bilhões registrados no mês anterior e R$ 5,2 bilhões obtidos no mesmo mês do ano passado.
De acordo com o Tesouro, o aumento do superávit em junho foi impulsionado por causa das receitas do governo que foram maiores.
Entre os principais fatores que possibilitaram a alta da receita, está o acréscimo de R$ 2,8 bilhões no recolhimento semestral do Imposto de Renda sobre os rendimentos de capital. Outro destaque, segundo o Tesouro, foram receitas atípicas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), no total de R$ 1,3 bilhão, obtido por meio de ações judiciais e da entrada em vigor da lei que elevou de 9% para 15% a alíquota da CSLL cobrada de instituições financeiras.