Fortaleza amarga maior alta do Nordeste em julho, na prévia da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital cearense fechou o mês com variação de 0,78% contra 0,63% no mês anterior, superando Salvador, que registrou variação de 0,70% no mesmo período. Comparando com o índice nacional (0,63%), Fortaleza ficou com a terceira maior variação no mês, enquanto no acumulado do ano registrou 4,61%.
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Curitiba (1.11%), onde os combustíveis apresentaram as maiores variações: gasolina (5,58%) e álcool (11,33%). Por sua vez, Recife (0,40%) e Rio de Janeiro (0,41%) ficaram com as menores taxas.
O grupo Alimentos e Bebidas, mais uma vez, concorreu para a pressão inflacionária, embora tenha apresentado desaceleração na taxa de aumento de preços, que passou de 2,30% em junho para 1,75% em julho. Com 0,40 ponto percentual de contribuição, os produtos alimentícios foram responsáveis por 63% do IPCA-15 do mês.
Os destaques dos aumentos ficaram com o feijão preto (de 5,45% em junho para 6,74% em julho), feijão carioca (de -0,59% para 17,07%), carnes (de 5,35% para 6,86%) e refeição fora do domicílio (de 1,55% para 1,89%).
Enquanto alguns itens do grupo alimentos e bebidas contribuíram para pressionar a inflação medida pelo IPCA-15, outros itens importantes no consumo familiar apresentaram queda de preços: o quilo do arroz, que havia aumentado 17,09% em junho, teve crescimento de 2,82% em julho. O pão francês, de 3,43% passou para 0,11%. Já a farinha de trigo, que teve seu preço acrescido em 6,95% em junho, no mês de julho apresentou recuo de 1,06%. A pesquisa aponta ainda que não foi apenas o grupo alimentos e bebidas a mostrar desaceleração no IPCA-15 de junho para julho.
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