28.4 C
Fortaleza

Golpes com Pix: como funciona e como se proteger

Com o aumento do uso do Pix para pagamentos e transferências, também cresce o número de golpes visando prejudicar clientes bancários. Um dos golpes que tem ganhado destaque nas redes sociais é o “golpe do Pix errado”. A Agência Brasil preparou uma reportagem para explicar como funciona esse golpe e como se proteger. Na última sexta-feira (5), o Pix registrou um recorde de transações, com 224 milhões de transferências entre contas bancárias, segundo o Banco Central (BC). Com tantas transações, é possível que algumas sejam realmente feitas por engano, cenário ideal para os golpistas aplicarem o “golpe do Pix errado”. O esquema começa com os fraudadores realizando uma transferência para a conta da potencial vítima, utilizando chaves Pix associadas a números de telefone celular, que são fáceis de obter. Após a transferência, os golpistas entram em contato com a vítima, seja por ligação ou mensagem de WhatsApp. Durante o contato, o criminoso tenta convencer a vítima de que a transferência foi um erro, utilizando técnicas de persuasão para que a vítima devolva o dinheiro. Um usuário do X (antigo Twitter) relatou que sua mãe recebeu R$ 600 em sua conta bancária por engano e o golpista pediu a devolução alegando precisar pagar o aluguel. O ponto crucial do golpe é que o golpista pede a devolução do dinheiro em uma conta diferente da que fez a transferência inicial.

Como evitar? Para evitar cair no golpe, a primeira ação é verificar se o dinheiro realmente foi depositado na conta, conferindo o extrato bancário. O problema é que, se a vítima se convence e faz um Pix para a conta indicada pelo golpista, acaba caindo no golpe. O golpe se aproveita do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar a devolução de valores em casos de fraude, aumentando a chance de recuperação dos recursos pelas vítimas. Os criminosos acionam esse mecanismo, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima. Quando os bancos envolvidos na transação percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e logo transferiu para uma terceira conta, consideram essa triangulação típica de um golpe, resultando na retirada forçada do dinheiro da conta da pessoa enganada. Assim, o golpista recebe o dinheiro devolvido voluntariamente e ainda obtém mais uma devolução pelo mecanismo. O que fazer? Se a vítima percebe que caiu no golpe, pode acionar o MED. No entanto, a conta que recebeu o dinheiro transferido de “boa fé” pode já estar sem saldo, dificultando a restituição do prejuízo. Fique atento e, ao receber um Pix inesperado, verifique cuidadosamente a origem e, em caso de dúvida, entre em contato com o banco antes de tomar qualquer ação.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img