O setor de Alimentos e Bebidas, com um aumento de 1,68%, exerceu a principal contribuição para a alta de 0,68% na inflação de Fortaleza, em junho. Entretanto o índice de inflação da Capital cearense permaneceu estável, frente a 0,66% do mês anterior. Outro setor que também apresentou aumento do índice, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi o de Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,93%.
Segundo José Ramos Torres de Melo Filho, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), esta alta nos preços de serviço de alimentação e bebidas é explicado pela crise mundial no setor de alimentos. Segundo ele, o aumento do consumo de alimentos de países, economicamente, emergentes, como a Índia e a China, tem causado a falta dos produtos no mercado mundial. Torres de Melo completa alegando que a alta da inflação neste setor pode ser uma constante, já que especialista e economistas no mundo todo prevêem "que o problema veio para ficar".
Na contramão das altas, estão os setores de Vestuário e Artigos para Residência. Os dois segmentos apresentaram, no mês de junho, uma deflação de 0,98% e 0,21%, respectivamente.
» Nacional. O preço dos alimentos registrou a maior alta (2,11%) desde janeiro de 2003, de acordo com a pesquisa IPCA. O item teve o maior peso sobre a inflação e foi responsável por 63% do resultado do estudo. De acordo com o IBGE, a alta deste setor foi generalizada e já chegou a 8,64% no acumulado do ano, acima dos 3,93, registrados em 2007.
Para o resultado de junho, o IBGE destaca o aumento dos preços do arroz e feijão carioquinha, que já acumulam alta de 38,21% e 15,55% neste ano. Por outro lado, o setor de Vestuário obteve baixa no período, em função das promoções da época. A inflação dos preços das roupas passou de 0,98% em maio para 0,42% em junho.