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7 julho 2008.
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Economia

Investimento estrangeiro no Brasil deve ser recorde

segunda-feira, 07 de julho 2008

A economia estável, uma boa perspectiva de crescimento e a posição estratégica na América Latina são alguns dos fatores que fizeram com que o Brasil entrasse na mira das empresas do exterior em 2008. Neste ano, o País deve superar o recorde de investimento estrangeiro produtivo alcançado em 2007 e ultrapassar a marca dos US$ 34 bilhões, segundo estimativas do Banco Central – no ano passado, foram registrados US$ 33,7 bilhões. 

Além disso, o Brasil deve ser o sexto destino preferido pelas multinacionais nos próximos cinco anos, superando inclusive países de economia tradicionais como Alemanha e Japão, segundo a consultoria KPMG. E também passou da 20ª para a 12ª posição no ranking de atração de investimentos estrangeiros da Pricewater house Coopers. Para Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet), o Brasil "surfa" em uma onda de "motivação global".

"O investimento está crescendo no mundo inteiro, não só no Brasil. Mas há fatores específicos que beneficiam o Brasil, como o grau de investimento", diz Lima, que destaca a indústria automobilística, a química e de tecnologia como pontos em desenvolvimento e expansão.

Segundo ele, uma pesquisa da Sobeet que analisou nove países que obtiveram a nota mostrou que o investimento cresceu, em média, 45% nos dois anos anteriores ao recebimento da classificação e por volta de 175% no biênio posterior. Esse raciocínio explica também, de acordo com Lima, o recorde de investimentos de fora recebidos pelo país em 2007. "O duplo grau de investimento [agências Standard & Poor’s e Fitch] que o Brasil recebeu neste ano, reforçará ainda mais a tendência de expansão."

Um dos diferenciais do Brasil em relação a outros países que atraem investimentos, segundo Lima, é que 70% dos recursos que entram no País devem ser voltados a novas plantas industriais. "Isso é exatamente o contrário do que acontece em outros países. No mundo, 70% vai para fusões e aquisições. No Brasil, o que acontece é a expansão da capacidade produtiva."

Essa característica pode ser identificada em alguns dos anúncios feitos neste ano por empresas estrangeiras no Brasil. Um deles é uma nova fábrica de motores e de componentes automotivos da norte-americana GM em Joinville (SC), no valor de US$ 200 milhões. Na última semana, a Sansung anunciou uma nova fábrica de impressoras e multifuncionais a laser, em Campinas (SP), a terceira aberta nesta área de negócios, fora da Coréia.

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