A companhia australiana Fortescue confirmou que vai iniciar a terraplanagem para a nova instalação de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) até o final deste ano. A decisão de avançar com o projeto, um dos mais importantes em seu portfólio global, reflete o compromisso da empresa com a redução de emissões de carbono na indústria. Segundo a Fortescue, o projeto já está na etapa de análise de viabilidade, após ter recebido sinal verde de sua diretoria por meio de uma decisão antecipada de investimento.
A planta da Fortescue deve ser desenvolvida no Setor 2 da ZPE Ceará, em duas etapas: Fases 1 e 2 – 1.200 MW e fase 3 – 900 MW. O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia a partir do consumo de 2.100 MW de energia renovável. De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o projeto deve gerar cerca de 5 mil empregos na fase de construção.
No contexto das preparações, a empresa está aprimorando os detalhes finais do design de engenharia e organizando os ajustes necessários para cumprir todas as exigências socioambientais antes de dar início à construção da planta. A Fortescue também está em negociações com fornecedores atuais e potenciais para garantir os insumos locais essenciais para a execução do projeto.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, destacou a relevância do projeto, considerando-o um marco crucial para o estado liderar a transição energética no país. Ele mencionou que, com o avanço na regulamentação do hidrogênio verde no Brasil, espera-se que mais organizações iniciem suas operações no CIPP. A expectativa é que as seis empresas com pré-contratos firmados confirmem suas decisões até 2026, para começar a produção em 2027.