A análise regional da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), mostrou que o Estado apresentou reduções significativas nas áreas da pobreza e da desigualdade social, nos últimos dez anos. Apesar disso, a taxa de desocupação (pessoas com mais de 15 anos não inseridas no mercado de trabalho), vem em elevação a partir de 2011 e, na última comparação, foi de 5,9% em 2013, para 6,8% no ano passado.
A renda domiciliar per capita aumentou em todos os setores da população, com crescimento maior entre as pessoas mais humildes. Os 10% mais pobres apresentaram uma elevação média de 85,1% na renda, entre 2004 e 2014. O percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza, no Ceará, caiu de 47,5%, em 2004, para 17,3%, no ano passado.
“A renda dos 10% mais pobres do Ceará cresceu graças às políticas públicas voltadas para pessoas mais carentes. A tendência é que essas políticas sejam mantidas”, explicou o diretor do Ipece, Flávio Ataliba. O percentual de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza no Ceará caiu de 18,6% para 6,3%. O rendimento médio mensal real, no Ceará, aumentou de R$ 713,00, em 2004, para R$ 1.113,00 no ano passado.