Torná-la mais conhecida e reestruturá-la juridicamente para que possa se tornar auto-sustentável. Esses foram os temas principais abordados ontem na Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa, durante audiência pública proposta pelo próprio presidente da Comissão, Roberto Cláudio, sobre a Renorbio (Rede Nordeste de Biotecnologia), que objetiva formar recursos humanos nas áreas de biotecnologia de saúde, de recursos naturais, agropecuária e indústria.
Durante os debates, foi consenso entre os participantes a necessidade de tornar a rede mais conhecida e o seu reconhecimento político. O coordenador executivo da entidade, Carlos Henrique Nery Costa, disse não se conceber que uma rede de tamanha expressão ainda seja desconhecida das lideranças, e defendeu a formulação de uma política econômica para dar longevidade à rede.
Por sua vez, o deputado Roberto Cláudio admitiu dificuldades jurídicas e de financiamento para o setor de ciência e tecnologia, mas ressaltou que o governo acena com a mudança desse cenário. Garantiu que o governo quer aproximar academia e setor produtivo e por conta disso haverá um compromisso em tornar a Renorbio uma instituição sólida.
Na avaliação do coordenador do programa de pós-graduação em biotecnologia da Renorbio na Uece, José Ferreira Nunes, não é coincidência que o Sudeste, onde estão 56% dos mais de 64 mil doutores do País, também seja dono de 56% do PIB nacional (Produto Interno Bruto), enquanto o Nordeste, que tem 16% dos doutores do Brasil, tem o PIB correspondente aos mesmos 16% do nacional. "Com a Renorbio esse quadro deve ser revertido", disse.
A meta da Renorbio é fomentar o processo de desenvolvimento do Nordeste, por meio da formação de recursos humanos ao desenvolvimento científico e tecnológico. A entidade pretende formar 100 doutores em biotecnologia/ano.
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