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Redução nas vendas para o Natal deverá ser de 4,8% este ano

Com os juros em alta, inflação persistente e confiança do consumidor em baixa, a expectativa é de que as vendas para o próximo Natal registrem sua primeira queda em 11 anos, fato que também deverá levar o varejo a oferecer menos vagas temporárias voltadas para essa data comemorativa em 2015. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a perspectiva de queda nas vendas natalinas deste ano foi revisada de 4,1% para 4,8%. As informações foram divulgadas, ontem, pela entidade.

natalecommerce

Considerando o volume de vendas registrado desde 2004 – quando registrou alta de 4,8% – o setor cresceu ininterruptamente até 2008, quando as vendas, para o período natalino atingiram o pico de 10,6%. A partir de então, nos anos seguintes, até 2014, embora houvesse crescimentos, os resultados oscilaram até que, no ano passado, o desempenho foi o menor em 10 anos, com 1,8%, acompanhando a desaceleração observada desde 2012 (8,1%) e 2013 (5%).

De acordo com o presidente da entidade, empresário cearense Honório Pinheiro, o setor pretende trabalhar forte, para minimizar este recuo nas vendas. “Vamos fazer de tudo para revertermos esse quadro de possível queda, mas observamos, não é com pessimismo, que não será fácil, porque a crise, mais política do que econômica, continua forte e não está cedendo por enquanto”, afirmou. As promoções, segundo ele, serão variadas e de acordo com os diversos segmentos do varejo.

Perdas

À exceção dos segmentos de farmácias e perfumarias (1%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%), todos os demais segmentos apontam para um resultado negativo na principal data comemorativa do varejo brasileiro. As maiores perdas deverão ocorrer nos ramos de móveis e eletrodomésticos (17,6%) e de livrarias e papelarias (15,1%). Mesmo diante da perspectiva de queda atingindo seis dos oito principais segmentos do varejo em relação ao Natal de 2014, a data deve movimentar R$ 31,76 bilhões este ano.

Dentre os dez segmentos do varejo, o ramo de vestuário e calçados é, historicamente, o mais impactado pelas vendas natalinas. Em dezembro, o faturamento do setor costuma crescer 90% em relação ao mês anterior, devido ao fator sazonal. Na média, o volume de vendas do comércio varejista costuma crescer 35% no último mês do ano.

Demanda menor

A CNC informa que a piora nas expectativas em relação ao faturamento real do setor afeta, naturalmente, de forma negativa a intenção de contratação de trabalhadores temporários. Assim como no volume de vendas, a abertura desse tipo de contrato de trabalho teve sua previsão revisada para baixo por parte da entidade, de -2,3% para -2,9% em relação ao ano anterior – o menor resultado em sete anos. Confirmada essa nova expectativa, entre setembro e novembro o número de vagas temporárias oferecidas pelo varejo em 2015 (138,6 mil) será o menor desde 2012 (135,2 mil postos).

Os segmentos de móveis e eletrodomésticos (-10,7%) e de livrarias e papelarias (-5,7%) deverão liderar a queda na oferta de vagas em 2015. Dentre os oito segmentos avaliados, há perspectiva de aumento de vagas apenas no ramo de farmácias e perfumarias (1,8%). Apesar dos recuos na demanda por trabalhadores temporários neste ano, os segmentos de hiper e supermercados (28,9 mil) e de vestuário (62,6 mil) deverão responder por quase dois terços (65,9%) dos trabalhadores contratados.

Com relação ao salário médio de admissão, nessa época do ano, a CNC projeta que seja de R$ 1.444,00, o que representaria um avanço nominal de 9,5% em relação a igual período de 2014.

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