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Varejo cearense cai 2,2% em setembro e perde 5,9% no ano

As vendas do comércio cearense recuaram 2,2% em setembro – na série livre de efeitos sazonais (como o número de dias úteis) –, voltando a cair após o comportamento nulo de agosto. Com o novo resultado negativo, e considerando volume de vendas do comércio varejista ampliado – que inclui os setores de veículos e materiais de construção –, o desempenho de queda do Ceará já acumula perdas de 5,9% no ano, segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foto: Helene Santos
Foto: Helene Santos

No varejo nacional, as vendas tiveram queda de 0,5% em relação a agosto, sendo o oitavo mês consecutivo de queda do indicador. Com o resultado, o comércio acumula uma queda de 3,3% nas vendas de janeiro a setembro deste ano no País, puxado pela menor venda em setores como tecidos, vestuários e calçados e artigos de uso pessoal e doméstico. Considerando o varejo ampliado, a perda é ainda maior, de 7,4%, na série com ajuste sazonal, enquanto que, frente a igual mês do ano passado, o varejo ampliado recuou 11,5%.

Regiões
Das 27 Unidades da Federação, 23 apresentaram variações negativas no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior, na serie com ajuste sazonal. Os destaques, em magnitude de queda, foram Maranhão (5,3%); Mato Grosso do Sul (3%) e Acre (2,4%). O Ceará vem logo em seguida, ao lado do Espírito Santo – ambos com retração de 2,2%, enquanto que Alagoas (1,7%), São Paulo (1,5%), Bahia (0,2%) e Paraná (0,1%) ficaram no campo positivo.

No caso do Ceará, acompanhando a queda nas vendas do setor varejista, a receita nominal recuou 1,4% no período em setembro, enquanto que, em agosto, houve alta de 0,8%. Já nos nove primeiros meses de 2014, já há perda de 0,1% sobre igual período de 2014. Considerando o varejo ampliado, as vendas despencaram 5,9% até setembro, embora a receita nominal tenha avanço de 1,7% em 12 meses. Por atividades, no Estado, a maior queda acumulada é registrada em equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (24,75%), seguido por livros, jornais, revistas e papelaria (13,7%).

Conjuntura
No Brasil, a queda de 0,5% nas vendas do comércio em setembro foi a oitava consecutiva em 2015. No entanto, a retração foi a menor desde fevereiro, resultado que pode ser explicado pelo comportamento dos preços nos segmentos pesquisados pelo IBGE, cuja variação em setembro (0,6%) foi a menor desde março deste ano (0,3%). “Entretanto, a menor perda nas vendas ainda não permite identificar um início de recuperação do setor varejista”, disse o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

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