Festa equatoriana no Maracanã, calando cerca de 90 mil tricolores. Após derrota no tempo normal por 3 a 1 e empate sem gols na prorrogação, a LDU bateu o Fluminense nos pênaltis (3 a 1) e levou para o Equador o título inédito da Copa Libertadores da América. O goleiro Cevallos acabou se transformando no grande nome da final pegando três cobranças (Darío Conca, Thiago Neves e Washington).
Além do título inédito, A LDU se credenciou para a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. Manchester United, da Inglaterra, campeão da Europa, Pachuca, do México, vencedor da Concacaf, e o Waitakere United, da Nova Zelândia, que ficou com o título da Oceania, já estão classificados.
Ainda faltam os vencedores da África e Ásia, que só serão conhecidos em novembro, além do campeão do Campeonato Japonês, como representante do país anfitrião do Mundial.
O jogo começou e uma ducha de água fria para o Fluminense. Logo aos cinco minutos, após bela jogada de Guerrón para cima de Ygor, Bolaños mandou a bola para o fundo da rede e deixou a LDU ainda mais próxima do título da Libertadores.
O revés desarticulou um pouco o Fluminense. Aos nove, Washington perdeu na frente de Cevallos o gol de empate. Dois minutos, a LDU teve a chance de fazer o segundo, mas Manso desperdiçou ótima chance.
Na saída de bola, veio o empate. Thiago Neves recebeu no meio, fez boa jogada individual e chutou no canto esquerdo de Cevallos, que ainda pulou na bola, mas não alcançou.
Com o empate, o Flu se acalmou e passou a ter um ligeiro domínio da partida. Só que a equipe criava pouco. Quando Renato Gaúcho já pensava em colocar o atacante Dodô, Thiago Neves, após receber de Cícero, colocou o Tricolor na frente.
A vantagem inflamou o time e a torcida. Aos 30 minutos, um lance polêmico. Washington recebeu na frente, invadiu a área, caiu na dividida de bola com Ambrossi e ficou reclamando de pênalti. O árbitro Héctor Baldassi mandou o jogo seguir.
"Ainda podemos conquistar o título no tempo normal. Ainda tem mais para o segundo tempo", avisou Thiago Neves, na saída para o intervalo.
A substituição programada no primeiro tempo acabou sendo realizada no segundo. O Fluminense voltou para a etapa complementar com Dodô no lugar do volante Ygor, deixando o time mais ofensivo.
O Fluminense foi para cima. Aos seis, Dodô acertou um chute na trave equatoriana. Cinco minutos depois, em cobrança de falta, Thiago Neves anotou o terceiro da equipe e também o seu na partida.
Com o resultado agregado empatado (5 a 5), o título da Libertadores ficou totalmente indefinido. Empolgado, o Fluminense resolveu matar tudo no tempo normal. A LDU, que estava recuada, saiu um pouco mais. Aos 23 minutos, os equatorianos quase silenciaram o Maracanã quando Bieler acertou um chute na trave esquerda de Fernando Henrique.
O Fluminense ainda tentou matar o jogo no tempo normal. Aos 32 minutos, Darío Conca chutou de longe, mas Cevallos defendeu. No fim, aos 47, Thiago Neves, de cabeça, quase garantiu o título. A zaga da LDU afastou o perigo e a partida foi para a prorrogação de 30 minutos.
No tempo extra, os dois times deram o último gás. No segundo tempo da prorrogação, a LDU teve um gol mal anulado anotado pelo argentino Bieler. No fim, aos 14, o zagueiro Luiz Alberto foi expulso quando Guerrón poderia ter anotado o gol do título para os equatorianos.
» Súmula. Fluminense 3(1) x 1 (3) LDU. Local. Maracanã. Árbitro: Héctor Baldassi (Argentina). Auxiliares: Ricardo Casas (Argentina) e Hernán Maidana (Argentina). Público. 78.918 pagantes. Renda. R$ 3.910.044,00. Cartões amarelos: Luiz Alberto, Cícero e Thiago Silva (FLU). Bieler, Vera e Cevallos (LDU-EQU). Cartão vermelho: Luiz Alberto (FLU). Gols: Bolaños (LDU); Thiago Neves (3) (FLU). Pênaltis: Urrutia (1 a 0); Darío Conca (1 a 0); Campos (1 a 0); Thiago Neves (1 a 0); Salas (2 a 0); Cícero (2 a 1); Guerrón (3 a 1); Washington (3 a 1). FLUMINENSE. Fernando Henrique, Gabriel (Maurício), Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor (Dodô), Arouca (Roger), Darío Conca e Thiago Neves; Cícero e Washington. Técnico: Renato Gaúcho. LDU. Cevallos, Calle, Campos, Norberto Araujo e Ambrossi; Urrutia, Vera, Guerrón, Manso (William Araujo) e Bolaños (Salas); Bieler. Técnico: Edgardo Bauza.
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