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Pressionados, Dunga e Tata convivem com ‘sombras’ antes de clássico

Dunga

Eles são os técnicos de duas das seleções mais importantes do planeta. E, antes de Argentina e Brasil se enfrentarem nesta quinta-feira (12), pelas eliminatórias, em Buenos Aires, o argentino Tata Martino e o brasileiro Dunga precisaram responder à mesma pergunta: o cargo está ameaçado?
Ambos não são unanimidade. Dunga foi contratado em julho de 2014, após o vexame na Copa do Mundo, e sua volta surpreendeu principalmente porque já havia treinado o Brasil no Mundial anterior, em 2010, sendo eliminado nas quartas de final e, depois disso, não teve uma sequência de trabalho de sucesso como técnico.

Martino substituiu Eduardo Sabella, vice-campeão do mundo no Brasil no ano passado. Depois de uma passagem apagada pelo Barcelona, onde dirigiu Lionel Messi e Neymar, ele vem sendo criticado na Argentina por não definir um time base e não dar um padrão de jogo a ele.

“Torço para que o Brasil vença para que Tata saia”, disse Ramirez Toledo, garçom de um restaurante próximo à sede da AFA, a associação que cuida do futebol na Argentina.

Os argentinos têm apenas um ponto, em dois jogos nestas eliminatórias. Uma derrota para o Brasil, em casa, pode deixar a pressão sobre o treinador insustentável -na terça-feira (17), a Argentina também tem outro jogo difícil, contra a Colômbia, fora de casa, e ainda sem o trio Messi, Agüero e Tevez, todos machucados.

A imprensa local tem cogitado a possibilidade de Diego Simeone, ex-volante de sucesso e que atualmente treina o Atlético de Madri, assumir a seleção se Tata Martino sair.

“As críticas não me parecem estranhas. Através dos anos você vai entendendo como é esse jogo. É um lugar privilegiado que você ocupa. Gostaria que isso não acontecesse [pressão por sua saída], mas sei que a única maneira que isso não ocorra é ganhando todos os jogos”, disse Martino, nesta quarta (11).

Se a sombra de Martino é Simeone, a de Dunga é Tite. O técnico do Corinthians, muito perto de conquistar o Campeonato Brasileiro, já respondeu mais de uma vez sobre a possibilidade de substituir Dunga. Em todas diz que o ciclo do atual treinador vai até 2018, na Copa da Rússia, e que só depois disso poderia pensar em seleção.

Dunga tem ótimo retrospecto nos amistosos que fez desde que retornou, vencendo os 12 jogos. Mas em partidas oficiais tropeçou: caiu nas quartas de final da Copa América, ao perder nos pênaltis para o Paraguai, e na estreia das eliminatórias a seleção foi batida pelo Chile, em Santiago, por 2 a 0.

A vitória na sequência, 3 a 1 sobre a Venezuela, em Fortaleza, fez com que qualquer possibilidade de ele deixar o comando da equipe neste momento esfriasse, mas os resultados irregulares quando valem três pontos fazem com que Dunga tenha que responder se teme perder o cargo se perder da Argentina ou não vencer o Peru na próxima terça, em Salvador.

“Especulação não tem o que falar. Tem que ter assunto. É normal. Iniciamos um trabalho na seleção, com dois jogos de eliminatórias, agora mais dois. Falamos em trabalho de longo prazo. E aí em dois jogos queremos resolver todos problemas anteriores. Ninguém é mágico. Tem de ter repetição, trabalho e treino”, disse o treinador na quarta, antes de embarcar para Buenos Aires.

DA REDAÇÃO O ESTADO ONLINE
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Fonte:
(NR)

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