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Fortaleza

Guimarães enfrenta Cid com convicção de que, se Evandro vencer em 2024, o caminho ao Senado fica sacramentado

O líder do Governo Lula na Câmara, José Nobre Guimarães, decidiu enfrentar o senador Cid Gomes (PSB) no debate sobre a corrida pela Prefeitura de Fortaleza por ter a convicção de que, com uma vitória de Evandro Leitão (PT), o caminho para uma candidatura ao Senado, em 2026, estará sacramentado. Cid tem reafirmado a defesa de um nome fora dos quadros do PT como candidato (a) à Prefeitura da Capital. Cid não declinou nome, mas, para muitos, a preferência recairia sobre a ex-governadora Izolda Cela (PSB). A declaração desagradou a integrantes da cúpula e da base petista que não entenderam o gesto do senador socialista. Contrário à postura de Cid Gomes, Guimarães não silenciou e, além de defender um nome do PT na cabeça de chapa à Prefeitura de Fortaleza, foi mais longe: abraçou, sem meias palavras, o nome de Evandro Leitão como o melhor candidato para ganhar a eleição de 2024. Guimarães mirou um alvo, espalhou brasas, uniu um PT dividido entre pré-candidatos, mas, ao seu estilo, foi certeiro ao mostrar que, com os Governos Federal e Estadual, o Partido dos Trabalhadores não irá abrir mão da boa oportunidade de voltar ao comando da Prefeitura da Capital. A política é feita com ações, gestos e, também, com a calculadora. A matemática faz a diferença. Se sair das eleições municipais com um bom número de prefeitos eleitos, Guimarães dá um passo seguro para chegar bem credenciado em 2026. E, nesse cálculo, uma vitória na Capital, com Evandro Leitão, selaria a candidatura ao Senado. Para o analista político Luzenor de Oliveira, sem citar a ex-Prefeita Luizianne Lins, e seu eleitorado em Fortaleza, Guimarães ganharia um cabo eleitoral de peso, entusiasmado e um puxador de votos. Claro, todos os cenários desenhados no condicional. Desde já, Evandro sabe o que é gratidão e as palavras de Guimarães o fortaleceram dentro e fora do PT. O conflito entre Cid Gomes e Guimarães sobre o nome a ser lançado à Prefeitura de Fortaleza é circunstancial, retrata divergências pontuais, não é uma briga que os deixe em lados opostos. Guimarães e Cid fazem parte do mesmo projeto liderado pelo Ministro da Educação, Camilo Santana. Cid e Guimarães não serão adversários na corrida ao Senado em 2026, mas, quem ganhar a queda de braço sobre a sucessão em Fortaleza, sairá mais fortalecido rumo a 2026, embora, nos bastidores políticos, uma das duas vagas ao Senado já esteja destinada a Cid Gomes na aliança partidária liderada pelo PT. Ou seja, Guimarães sabe disso, mas precisa se fortalecer em função de outros nomes que surgem com a mesma pretensão senatorial. Tudo na análise de Lusenor, é feito como se Luizianne Lins estivesse tão quieta que não vá brigar por ter seu nome na planilha. E vai.

Em tudo tem sacanagem. No litoral de Camocim (CE), a cerca de 350 quilômetros de Fortaleza, o vilarejo de pescadores da Praia do Xavier foi apagado do mapa – pelo menos nos documentos que buscavam permissão para construir um parque eólico ali. A empresa francesa Siif Énergies do Brasil redesenhou a realidade alterando o nome do local onde famílias viviam há gerações em casas de barro e palha. Essa manobra cartográfica viabilizou o maior centro de energia eólica do Ceará na época.

Desancando
Fernando Santana, presidente da CPI da Enel, voltou à carga. Agora ele já quer a cabeça da empresa e sua expulsão do Ceará.
Zé Doidim
Tem um Zé Doidim do Piauí, que prega, lá pros dele, assegurando o emprego, que o Ceará inventa pra não perder a Serra Grande. Ô coitado!
Casa cheia
Tinha cearense saindo pelo sifão na posse de dona Janaína, no Senado, na licença de Augusta Brito, também suplente de Camilo Santana.

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