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Fortaleza

Assim se passaram dez anos…ou mais

Cuidava eu dos meus frugulhos,quando, ao telefone recebo convite de estimado amigo para uma visita de reconhecimento, em Fortaleza mesmo, nas proximidades da Praia de Iracema. Não, não precisava sequer sapatos ou roupas bem passadas; assim, fomos nós em vilegiatura à missão. Estacionados, assisti ao amigo, empresário do ramo da construção pesada, olhar inquisidor rumo ao velho e saudoso Hotel Iracema Plaza. Ainda sem entender, porque não me foi dito, escorreguei as lembranças por mesas e cadeiras bem postas no Panela, orgulho do nosso Newton Cavalcante, que a comunidade conhece, e aplaude, como Lúcio Brasileiro, seu inventor, criador, gerente, dono, performático em suas aparições aos comensais. Frequentei pouco; os ganhos de antanho não permitiam assiduidade ao distinto, solene e quase vetusto ambiente, então casa de riquinhos do algodão, lagosta, cera de carna uba, nascente indústria e rico império de roupas, tecidos além de secos e molhados. Mas fui. Fazia parte dos meus hábitos,ver como viviam os da corte que Lúcio alimentava de belo pasto e notícias de todo jaez. Eu era feliz; e sabia. Acorda, gritou o diabinho da orelha esquerda. O que amigo quer olhando a montanha que rolava, ela própria, morro abaixo na história. Sim, e dai, perguntei. Vou comprar, ouvi de volta. E inspecionamos por uma hora aquele túmulo de lembranças, vidas passadas, acordos feitos por políticos, casamentos feitos e desfeitos com e/ou sem traições. Em silêncio partimos. Uma semana depois o amigo liga pra atualizar a visita. – Não dá. Tem um mundo de donos. Os ditames obrigatórios do Município não permitem que se faça nada sem uma área enorme, que não tem, em volta. Reformas seriam impossíveis. Ainda tem gente morando, mal, mas morando. Vou olhar outro ali, na Beira Mar. E na nova visita um prédio destinado à modernidade de escritório geminado com hotel, virou o hotel Vela&Mar, que o amigo cultivou como hotel butique, até morrer. Eu vi.Eu estava lá.

Morreu Maria Preá. De repente Fortaleza ganhou uma voz rouca, vinda das profundezas: Salvem o Hotel Iracema Plaza. Anos e anos sendo degradado pelo tempo e o abandono. Arquitetos e memorialistas estão fazendo discurso cultural ou discurso político pra queimar o Zé Sarto? Perguntar não ofende: Lá atrás, no tempo, teve sua hora. Teria hoje? Lembra o Lord Hotel?

Fuxico
Impossível não alimentar a patuleia com notícias quase fuxicos. Ciro Gomes estaria de nova mudança. De volta aos braços do amigo,lá dele, Tasso Jereissati, anfitrião do quase findo PSDB. Tá nos corredores.
Pau e muito pau
Como dizia Zé Limeira, vai ser pau e muito pau. Deputados, prefeitos, vereadores presidentes de Câmaras, reunirão pessoas comuns, dia 15 que vem, em cidades polo do Ceará, para combater a Enel e colher subsídios.
Juntar adubo
A CPI que Enel quer colher junto ao povo das diversas regiões cearenses, informações que mostrem prejuízos de toda forma, provocada pelo mal estar que a elétrica Enel promove no Ceará. Desta vez a Enel se vai.
Banco de reservas
Na Assembleia do Ceará sai Firmo Camurça, licença de 4 meses e entra Aloisio Brasil, médico que ficou na suplência, representando o Crato. Na mesma sessão foi aprovada a Cadadania Cearense para o Ministro Alexandre de Moraes, o Xandão, como já chama o povo.

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