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Aumento para evitar perdas

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou, ontem, que o aumento no preço dos combustíveis foi realizado para ajustar a operação da estatal à realidade do mercado internacional e evitar que a empresa perca dinheiro. Ontem, a estatal anunciou o aumento de 16,2% na gasolina, ou R$ 0,41 por litro, para R$ 2,93. Já reajuste do diesel foi de 25,8%, ou R$ 0,78 por litro, para R$ 3,80. Algum aumento para etanol aqui? Prates disse que, levando em consideração o cenário internacional, o reajuste teria que ser ainda maior, mas que a empresa conseguiu um percentual abaixo desse crescimento por ter condições especiais em sua produção. “Corríamos o risco de começar a perder dinheiro [se mantivéssemos o preço como estava] e nós não aceitamos isso”, afirmou ele, na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Prates afirmou que a manutenção dos preços nos últimos dois meses ocorreu mesmo com variações nas cotações do mercado internacional. Mas que a situação se alterou recentemente, com o valor internacional atingindo um “patamar novo”, uma vez que o preço do petróleo cru subiu de dois a quatro pontos percentuais desde o final de julho. Ele defende que isso acontece ainda pelos efeitos da guerra da Ucrânia, mas também pelo aquecimento das economias de Estados Unidos e China e, principalmente, por novas estratégias da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Enfim, coisas do capitalismo às nossas custas.

Oportunismo
Bastou anunciar aumento, os postos já tratam de reajustar automaticamente, assim que chega à meia-noite. Vários postos espalhados pela Capital amanheceram com preços elevados – coisa que, quando é anunciado redução, demoram semanas para atualizarem seus preços. É a liberdade de fazer o que querem com o consumidor. Não bastasse isso: o aumento anunciado foi sobre diesel e gasolina, certo? E não é que subiram o etanol também? Pauta interessante para os órgãos de defesa do consumidor, não?!
Rico Brasil!
O Brasil foi o país que mais ganhou novos milionários em 2022. O relatório Global Wealth Report 2023, divulgado pelo UBS e Credit Suisse, mostra que o país registrou uma adição de 120 mil novos detentores de ao menos US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) em 2022. O número total passou de 293 mil para 413 mil em dezembro do ano passado. A recuperação da economia, com alta de 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto), e a valorização de 5,3% do real frente ao dólar, contribuíram para os resultados.

PAC engatilhado
O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que as obras previstas no Novo PAC dependem da aprovação do arcabouço fiscal. “Se tivermos a volta do teto de gastos, teremos um País que investe pouco”, afirmou. Ele acredita na aprovação do arcabouço pelo Congresso. Lançado na última semana, o PAC 3 prevê a inclusão de obras em andamento e outras paralisadas, além de novas. Para que se efetivem, o ministro condiciona a aprovação do arcabouço fiscal e o cumprimento das metas.
Seguros crescem
O emplacamento de veículos apresentou alta de quase 14% no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado. Foram 1,88 milhão de unidades vendidas nos primeiros seis meses deste ano contra 1,65 milhão em 2022. Isso contribuiu também para o mercado de seguros de automóveis, com a demanda no período registrando crescimento de 12,38% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS).

Indústria: Produção e emprego recuam em julho
A produção e o emprego industrial caíram em julho, sinalizando piora do desempenho. Conforme a CNI, o índice de evolução da produção ficou em 47,8 pontos em julho, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, ou seja, a produção caiu frente a junho – a segunda queda consecutiva do indicador. O emprego industrial ficou em 48,4 pontos em julho, também abaixo da linha de 50 pontos. Esse é o décimo mês seguido que o emprego no setor não avança.

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