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Consumo sobe 2,4% no semestre

O consumo nos lares brasileiros, medido pela Abras (associação dos supermercados) encerrou o primeiro semestre com alta de 2,47%. Na comparação de junho com o igual mês do ano passado, a alta é de 6,96%. Ante maio, o indicador apresentou alta de 0,55%. O resultado contempla os formatos de loja, atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo IPCA, medido pelo IBGE. Segundo a Abras, houve consumo consistente e gradual até o fim do semestre favorecido pelo recuo do desemprego, de reajustes salariais, da consolidação dos programas de transferência de renda.

Para os próximos meses, afirma a Abras, caso sejam mantidas a menor pressão da inflação sobre a cesta de alimentos, o consumo tende a ser crescente, pois há datas importantes que incentivam o consumo como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano. A entidade acrescenta, ainda, que o aumento do consumo foi influenciado pelo montante de cerca de R$ 85,4 bilhões em recursos dos programas de transferência de renda do Governo Federal como o Bolsa Família, o Primeira Infância (a partir de março), o Benefício Variável Familiar (a partir de junho) e os Auxílios Gás pagos em fevereiro (R$ 112,00), abril (R$ 100,00) e junho (R$ 109,00).

Empregos
O Brasil registrou um saldo positivo de 157.198 empregos com carteira assinada em junho. No período foram 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos., segundo o novo Caged. No ano (janeiro a junho), o saldo foi de 1.023.540 empregos, resultado de 11.908.777 admissões e 10.885.237 desligamentos. O maior crescimento do ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 76.420 postos formais. A agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no mês (27.159).
Juros
Pela primeira vez no ano, a taxa média de juros das concessões de crédito livre teve queda e passou de 45,4% para 44,6% ao ano em junho, redução de 0,8% no mês. Em 12 meses, entretanto, a alta nos juros médios é de 5,6%, segundo a publicação Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgada, ontem, pelo Banco Central (BC). Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito ficou em 23,1% ao ano, queda de 0,7% no mês e com alta de 0,5% em 12 meses.

As plataformas estrangeiras online poderão se certificar no programa Remessa Conforme, que garante isenção tributária para envios de até US$ 50, a partir desta terça (1º). O prazo está em portaria do Ministério da Fazenda publicada nessa quarta (26). “O novo normativo detalha o processo para certificação das empresas participantes desde o registro do pedido, o fluxo de sua análise, o monitoramento da manutenção do certificado e o manual de uso da marca do programa”, explicou, em nota, a Receita Federal.

Desconfiança
A confiança do empresário do comércio marcou 107,5 pontos em julho, diz a CNC. Ainda na zona do otimismo, houve queda mensal de 1%, descontados os efeitos sazonais, a terceira redução consecutiva. O menor otimismo também ocorreu na análise anual, ao cair 12,7%. Os indicadores que medem a visão do varejista sobre o momento atual e as expectativas para os próximos seis meses seguem tendência de queda, o que tem reduzido intenções de investimento e contratação de funcionários.
Desconfiança II
Na esteira da menor confiança, o índice na indústria caiu 2,1 pontos em julho, para 91,9 pontos, anulando os ganhos desde março e retornando ao patamar de fevereiro (92 pontos), diz o FGV-Ibre. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,9 ponto, para 92,9 pontos. Em julho, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O resultado reflete piora tanto das avaliações sobre a situação atual, quanto das expectativas em relação aos próximos meses.

Haddad: “Coleção de fatores” para Selic baixar
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que existe uma “coleção de fatores” para que o BC reduza a taxa Selic. Declaração ocorre às vésperas da reunião do Copom. Na próxima quarta-feira (2), o BC anunciará a sua decisão sobre a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, em meio à pressão do Governo e crescentes apostas de corte de até 0,5% na Selic. A expectativa também se dá após a Fitch elevar a nota de crédito do Brasil.

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