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Fortaleza

CPI “esquece” fundos com passivos bilionários

Inclusive doações oficiais
Rodrigo Janot (PGR), sobre as formas
usadas para compensar indicações políticas

A revelação das negociatas de gatunos do Petrolão com o Previ (BB), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), todos controlados 100% pelo PT, reforça a suspeita de que a CPI dos Fundos de Pensão desvia o foco de quem deveria ser bem mais investigado. Metade das audiências da comissão (46%) se dedicou ao fundo dos Correios, como se não houvesse mais nada a fazer, convertendo-se em “CPI do Postalis”. E reservando apenas duas das 33 sessões, ao biliardário Previ, por exemplo.

Debaixo do tapete
Os três fundos praticamente esquecidos pela CPI (Previ, Petros e Funcef) acumulam passivo 10 vezes superior ao passivo do Postalis.

Não é coincidência
Além da onipresente Odebrecht, fundos controlados pelo PT fizeram negócios com Engevix, Andrade Gutierrez, OAS e Camargo Correia.

Lobby petista
A suspeita no PMDB é que a Previc, órgão que fiscaliza os fundos, aparelhada pelo PT, comanda o lobby do “esquecimento” na CPI.

Briga interna
Por trás da CPI, estaria Eduardo Cunha, na guerra a Renan Calheiros e Edison Lobão, senadores que indicaram diretores para o Postalis.

Rebaixada
Com o presidente Marcelo Odebrecht pre-
so há mais de seis meses, a empreiteira caiu para segundo lugar e recebeu “só” R$ 269,6 milhões.

Recuperação
O governo Dilma provou que não abandona amigos. A mãozinha de R$ 24,8 milhões vai ajudar na recuperação judicial da OAS.

Irmã “pobre”
A Galvão Engenharia recebeu R$ 42 milhões no ano passado, mas é apenas 10% do que foi repassado à irmã rica Queiroz Galvão.

Bolso do colete
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está tentando inventar a candidatura do ex-ministro do Turismo, Vinicius Lages, seu atual chefe de gabinete, à Prefeitura de Maceió. Difícil será fazer o candidato conhecido em apenas 45 dias de campanha.

Imposto da farra
O deputado Arthur Maia (SD-BA) não acredita em uma recriação da CPMF. “Outro governo até teria credibilidade, mas neste, sabemos que o recurso vai ser para a gastança irresponsável”, garante.

Oposição animada
A expectativa pelo julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) das pedaladas fiscais de Dilma, referentes às contas do Governo em 2015, tem animado parlamentares favoráveis ao impeachment. “O novo julgamento arrocha o Governo”, prevê um deputado do PMDB.

Desespero geral
Os deputados eleitos pelo Rio de Janeiro estão preocupados com a situação atual na saúde pública naquele estado. “A enorme crise na saúde deixa a população desesperada”, critica Sóstenes Cavalcante (PSD).

É uma lenda
As receitas de Jaques Wagner para a economia irritam congressistas. “O Governo precisa entender que o Rei Midas (transformava em ouro tudo que tocava) é uma lenda”, ironiza Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Tapete vermelho
Além de gastar R$ 41 milhões do contribuinte com passagens aéreas, os deputados acumulam as milhagens que dão direito a muitas outras regalias como tapete vermelho e sala VIP em aeroportos.

Contabilidade tortuosa
Ao contrário da Câmara, o Senado retalha os dados para complicar a contabilidade dos gastos anuais dos senadores em passagens aéreas e outros gastos reembolsados pela cota parlamentar.

São Tomé
Difícil achar no PMDB quem acredite que Gabriel Chalita vá encarar Marta Suplicy até o fim, na briga pelo direito de disputar a Prefeitura de São Paulo. Correligionários duvidam até que Chalita siga na sigla.

Pergunta nas Laranjeiras
Quantas farmácias podem ser reabastecidas com os R$ 2,4 milhões a serem gastos na reforma do Palácio das Laranjeiras (RJ)?

O PODER SEM PUDOR

Banqueiro metido

Bem vestido, falante e de conversa fácil, Zé do Pé era figura requisitada na boemia paulistana. Certa vez, ele estava com amigos no fino restaurante Paddock, quando seguiu o banqueiro Walther Moreira Salles até o toalete:- O senhor não me conhece, mas preciso de um favor, coisa pequena.- Às ordens – aquiesceu o ex-embaixador, homem educado.- Estou numa mesa fazendo uns negócios que não posso perder. Preciso que o senhor me cumprimente, ao passar pela mesa. É muito importante.Moreira Salles achou aquilo divertido e cumpriu o trato, minutos depois:- Boa tarde, Zé.- Não enche, Walther! – respondeu Zé do Pé, com desdém.

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