Partida foi marcada pela intensidade do ataque espanhol, organização no meio-campo e solidez defensiva, elementos cruciais para o triunfo por 2 a 1
Por Redação O Estado
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Uma nova geração de talentosos jogadores liderou a Espanha a uma vitória histórica na Eurocopa deste domingo (14), em Berlim, Alemanha. Sob a batuta de Lamine Yamal, de apenas 17 anos, a Fúria conquistou seu quarto título no torneio europeu de seleções, frustrando as esperanças da Inglaterra de levantar o troféu pela primeira vez.
A partida foi marcada pela intensidade do ataque espanhol, organização no meio-campo e solidez defensiva, elementos cruciais para o triunfo por 2 a 1. Para a Inglaterra, a derrota foi amarga, especialmente para Harry Kane, 30, que mais uma vez viu escapar a chance de conquistar seu primeiro título relevante.
O principal artilheiro da história da seleção inglesa, com 65 gols, agora acumula mais um vice-campeonato na Eurocopa, repetindo a decepção da final anterior contra a Itália.
No primeiro tempo, as estratégias das equipes foram postas à prova com poucas oportunidades claras de gol. A Espanha adotou seu estilo característico de troca de passes para tentar romper a defesa inglesa, mas sem sucesso.
Enquanto isso, a Inglaterra investiu nas ultrapassagens dos laterais Walker e Shaw, sem conseguir criar ameaças reais ao gol adversário. Os goleiros mal foram exigidos, e as duas seleções foram para o intervalo com o placar ainda em 0 a 0.
No segundo tempo, a Espanha retornou sem Rodri, que sentiu um desconforto no final da primeira etapa e foi substituído por Zubimendi. A ausência do volante não afetou o desempenho da equipe, que mostrou uma melhora significativa.
Logo aos 1 minuto, Yamal e Williams combinaram em uma jogada que resultou no gol que abriu o placar. A vantagem não diminuiu o ímpeto espanhol nos primeiros 10 minutos da etapa, quando criaram mais três oportunidades claras de marcar.
O técnico Gareth Southgate mostrou sua estrela na parte final do segundo tempo ao substituir Kane por Watkins, aumentando a ofensividade da Inglaterra, além de colocar Palmer no lugar de Mainoo. O jogador do Chelsea justificou sua fama ao marcar o gol de empate pouco depois de entrar, levando os torcedores ingleses à loucura.
O título da Espanha foi selado com o brilho de Luis De La Fuente. O gol inglês mudou o clima em Berlim por alguns momentos, mas a equipe espanhola recuperou o ânimo nos minutos finais. Oyarzabal, substituto de Morata, garantiu a vitória espanhola ao marcar o gol decisivo, levando os espanhóis à euforia.
A Espanha se tornou a maior campeã da história da Eurocopa. A Fúria estava empatada com a Alemanha com três títulos e conquistou sua quarta taça justamente em território alemão. A Inglaterra, por sua vez, de novo sai de mãos vazias.
Os ingleses nunca venceram a competição e enfrentam um jejum de títulos que vem desde 1966, quando venceram a Copa do Mundo.
JEJUM
Harry Kane, o atacante inglês, enfrentou mais uma decepção na final da Eurocopa contra a Espanha, aumentando sua reputação de azarão em momentos decisivos. Com o segundo vice-campeonato consecutivo no torneio europeu, a Inglaterra prolonga seu jejum de títulos para 58 anos desde a Copa do Mundo de 1966, conquistada em casa.
Kane, de 30 anos, viu sua busca por um título ser adiada novamente, acumulando seu sexto vice na carreira. O desempenho apagado na final o levou a ser substituído no segundo tempo, enquanto a Inglaterra buscava o empate contra a Espanha. Nos momentos finais da partida, transmitida pela Euro, Kane foi flagrado com uma expressão de frustração.
Esta foi a segunda vez consecutiva que Kane foi vice-campeão pela Inglaterra na Eurocopa, depois da derrota nos pênaltis para a Itália em 2020, em Wembley. Além dos vices pela seleção, Kane também acumula três finais perdidas pelo Tottenham (uma na Champions League e duas na Copa da Liga Inglesa) e uma pelo Bayern de Munique (Supercopa da Alemanha).
Apesar de ser o maior artilheiro da história da seleção inglesa, Kane ainda busca seu primeiro título expressivo na carreira.