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François Hollande considera que a situação na França é grave e defende aliança que apoie um governo

Antigo Presidente francês considera que “faz falta que a esquerda seja uma solução e não apenas uma barreira” à extrema-direita. François Hollande alertou hoje(ontem) que “a situação na França é grave”, dada a possibilidade de a extrema-direita chegar ao poder e apoiou a ideia de uma aliança dos outros partidos para governar, se não houver maioria no domingo. O ex-presidente francês, entre 2012 e 2017, em declarações ao canal público France 2, defendeu a proposta com o argumento de que “faz falta responsabilidade”, porque “o país não pode parar”. Na sua opinião, “tem de haver uma solução de compromisso, pelo menos durante um ano”, uma vez que, depois da segunda volta das eleições legislativas, no próximo domingo, não pode haver novas eleições legislativas durante um ano, por determinação constitucional. Hollande admitiu que os programas que dividem o espectro político dos conservadores aos comunistas são muito diferentes, mas insistiu em que “há que governar o país”. No caso concreto das várias formações de esquerda, Hollande considerou que “faz falta que a esquerda seja uma solução e não apenas uma barreira” à extrema-direita. “A situação em França é grave. O mundo olha para nós. A Europa inquieta-se”, avançou. Hollande mostrou-se também muito crítico da decisão do presidente Emmanuel Macron de convocar estas eleições, depois da derrota que sofreu nas eleições europeias, de 9 de junho. “Não estou certo de que [a decisão de Macron] tenha sido produto de uma estratégia. Parece antes que se tratou de um impulso, extremamente negativo para o país”, acrescentou. Hollande, que não se recandidatou a um segundo mandato, em 2017, regressou agora à política ativa com estas eleições e venceu a primeira volta na sua circunscrição de Corrèze.

União da esquerda pode prejudicar Macron e dar vitória à direita radical nas eleições na França. Se o presidente francês, Emmanuel Macron, provocou um terremoto político e pegou todos de surpresa ao dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas, ele também foi surpreendido, afirmam analistas, por algo que, definitivamente, não imaginava: que a esquerda, fortemente dividida, conseguiria voltar a se unir tão rapidamente.

Tiro no pé
A Nova Frente Popular, criada no dia seguinte à dissolução do parlamento francês, e que une os partidos de esquerda na França, pôs por água abaixo a estratégia do centrista Macron e pode acabar facilitando ainda mais a vitória da direita radical de Marine Le Pen que lidera as pesquisas de opinião.
Contou errado
O presidente contava com esse eleitorado dos partidos de esquerda para manter seus deputados e barrar a expansão de Le Pen, que pela primeira vez tem chances reais de chegar ao governo.
Mi mi mi de perdedor
O líder francês, dizem especialistas, têm sinalizado em discursos que a esquerda estaria contribuindo para a vitória do Reunião Nacional (Rassemblement National) de Le Pen nas eleições legislativas.

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