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Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bi para cumprir regras fiscais

O governo já havia projetado para 2025 uma redução de R$ 25,9 bilhões no orçamento

Por Redação O Estado

A declaração de Haddad ocorreu após uma reunião da Junta de Execução Orçamentária / Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nessa quinta-feira (18/07), que o governo realizará um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no orçamento deste ano. Essas medidas serão detalhadas no relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para ser divulgado na próxima segunda-feira (22).

A declaração de Haddad ocorreu após uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), que conta com a participação de diversos ministros, além do presidente Lula (PT). O encontro ocorreu quatro dias antes da publicação do relatório, que trará detalhes sobre os cortes de recursos planejados para este ano.

O governo já havia projetado para 2025 uma redução de R$ 25,9 bilhões no orçamento, com a possibilidade de antecipar parte desses cortes para o corrente ano. Esse anúncio ocorre após um período de instabilidade nos mercados, motivado por dúvidas sobre o compromisso do governo com as regras fiscais.

O ministro explicou que apresentou os números da área econômica para cumprir a determinação de Lula de observar as regras do arcabouço fiscal. Ao ser questionado se o presidente foi convencido sobre a necessidade de cortes, respondeu que o anúncio mostrava que Lula estava convencido, e disse que o valor necessário para cumprir a determinação do presidente foi tomado hoje.

Nas últimas semanas, o presidente Lula reforçou o compromisso com a responsabilidade fiscal, buscando acalmar os receios dos agentes econômicos. Após um período de volatilidade, o ministro Haddad reiterou que o presidente determinou a preservação do arcabouço fiscal e anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões para 2025, focado em despesas com benefícios sociais, que passarão por uma revisão detalhada.

Essas medidas eram aguardadas pelo mercado financeiro, que exigia ações concretas diante das crescentes incertezas fiscais. Haddad abordou essas preocupações em sua declaração no Planalto, após um período sem anúncios significativos. Na quarta-feira (17), o presidente Lula questionou os custos históricos para o país devido a atrasos em investimentos sociais.

Ele destacou a pressão do mercado por cortes de gastos no Executivo como uma maneira de reduzir o déficit nas contas públicas. “Diariamente, em discussões sobre qualquer assunto, sempre surgem críticas na imprensa sobre os gastos com educação, saúde, transporte, reforma agrária e apoio a pessoas com deficiência”, afirmou.

Ele questionou: “Qual foi o custo para o país de não cuidar dessas questões no momento adequado? Qual foi o impacto de não realizar a reforma agrária nos anos 1950, quando muitos países o fizeram? Qual foi o custo de passar sete anos sem aumentar o valor da merenda escolar? E de não investir nas universidades no momento certo?”

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