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Inadimplência cai, e soma 66,6 mi

O número de inadimplentes no Brasil teve uma pequena queda em junho de 2023, após meses de crescimento no País, e atinge 66,65 milhões de brasileiros. O indicador realizado pela CNDL e pelo SPC Brasil aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,87%) estavam negativados em junho deste ano, quando o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 7,64% em relação a igual período de 2022. As entidades registram que a variação anual observada em junho deste ano ficou abaixo da verificada no mês anterior. Na passagem de maio para junho, o número de devedores caiu ‐1%.
Para a CNDL, a pequena queda da inadimplência pode ser um reflexo da diminuição do desemprego e do aumento da renda no País. “No entanto, foi uma queda modesta, e ainda é cedo para dizer que essa é uma tendência a longo prazo”, disse a entidade, em nota. Além disso, o crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (21,64%). O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em junho está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%), ou seja, são 16,54 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Isso significa que quase metade (48,48%) dos brasileiros deste grupo etário estão negativados. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 51,06% são mulheres e 48,94%, homens.

Gás natural
A Petrobras reduzirá em 7,1% o preço do gás natural vendido a distribuidoras de gás canalizado, a partir de 1º de agosto, e o repasse ao consumidor depende dos Estados. O corte reflete variações nas cotações internacionais do petróleo e no custo de transporte do combustível no trimestre entre maio e junho. O gás natural tem seu preço reajustado trimestralmente. Com a queda das cotações internacionais, o preço do gás natural vendido pela Petrobras acumula queda de 25% no ano.
Gás natural II
Em maio, a estatal criou novos contratos de venda do produto, prometendo gás mais competitivo ao mercado brasileiro. Os primeiros contratos, porém, frustraram a indústria, que esperava corte maior. Os dois primeiros contratos têm uma referência de preços cerca de 10% menor do que os contratos vigentes, segundo a Abrace. A queda reflete a nova fórmula de cálculo do preço, de 11,9% da cotação do petróleo Brent nos contratos mais longos, contra 12,9% a 13,9% no modelo anterior.

Bancos apostam em mais crédito e menores atrasos
O programa Desenrola, lançado nesta semana pelo Governo Federal, deve favorecer uma maior concessão dos empréstimos pelos bancos, e, ao mesmo tempo, reduzir o nível de inadimplência nas carteiras. Analistas veem com bons olhos o Desenrola. Na faixa 1, que deve ser lançada em setembro e que vai englobar dívidas bancárias e não bancárias, o benefício é o fato de os valores renegociados contarem com a garantia do FGO (Fundo Garantidor de Operações). Já para a faixa 2, o diferencial será a possibilidade de constituição de crédito tributário no mesmo montante das renegociações.

MCMV
Após retomar o MCMV, o Governo Federal prevê desacelerar, em 2024, o ritmo de novas contratações na faixa 1 (famílias com renda de até R$ 2.640 em áreas urbanas). Segundo interlocutores, a expectativa é de que o FAR, que banca os recursos da faixa 1, tenha entre R$ 10 e R$ 12 bilhões reservados na proposta de orçamento de 2024. O valor é maior do que os R$ 9,5 bilhões destinados neste ano. Porém, a maior parte deve ser destinada à continuidade de obras já contratadas.
Fies
O Governo Federal avalia a possibilidade de reabrir a negociação das dívidas de estudantes inadimplentes com o Fies, com descontos que podem chegar a até 99%. Uma minuta de medida provisória em discussão prevê a anistia parcial para débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023. As parcelas atrasadas do programa de financiamento de cursos universitários totalizam pouco mais de R$ 11 bilhões, de acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, criticou a política de desinvestimento da companhia no período Bolsonaro por, segundo ele, levar a estatal à venda e posteriormente ao desaparecimento por falta de investimento em transição energética. “Ao se preparar para vender, as teses eram a rentabilidade altíssima de curto prazo, sem necessariamente mostrar o que a empresa seria em dez anos”, ressaltou. Cada ‘gestor’ mostra do que é capaz.

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