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Inadimplência feroz e sem trégua

No Ceará, o número de consumidores inadimplentes cresceu 11,6% em setembro, na comparação com igual mês de 2022. Apesar do crescimento expressivo, o resultado ficou abaixo do observado no mês anterior, na comparação entre agosto de 2023 e agosto de 2022, quando a variação chegou a 19,2%. O fenômeno da inadimplência tem atingido um número maior de consumidores este ano. Entretanto, na comparação entre setembro de 2023 e o mês anterior, há um destaque: os dados da FCDL-CE e SPC Brasil mostram uma redução do número de inadimplentes na margem, com queda de 2,6% no Estado.
A pesquisa mostra, ainda, que essa variação ficou acima da média do Nordeste (4,1%) e da nacional (5,8%). Conforme o indicador, do total de negativados no Estado, quase metade (47,2%) têm entre 30 a 49 anos. Seguido pela faixa-etária de 50 a 64 anos (21,1%). O número de consumidores negativados cresceu 20% entre setembro último e igual mês de 2022. Ainda assim, o avanço ficou abaixo do registrado no mês anterior. Entre agosto e setembro últimos, observou-se um recuo de 1% no número de dívidas no Estado. O setor bancário absorve mais da metade (57,4%) das dívidas do Estado. Em seguida, aparecem os setores de água e luz, credores de 21,1% das dívidas. Esses dois, inclusive, possuem volume de negativados acima do registrado em 2022.

Reduções
Com relação ao País, as contas de brasileiros com bancos e cartão de crédito tiveram uma redução de 0,31% entre agosto e setembro, passando de 29,2% das pendências financeiras no Brasil para 28,9%. Esse é o menor volume do ano, que já chegou a 31,9% em maio, segundo a Serasa. Também houve queda de 0,64% em água, luz e gás, que passou de 24,4% para 23,8%. Já os brasileiros inadimplentes tiveram leve alta em setembro: foram 71,8 milhões contra 71,7 milhões em agosto, uma variação de 0,12%.
Nada remoto
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou, ontem, que pretende retomar o trabalho 100% presencial nas agências do INSS no próximo ano – para o ódio de muitos, diga-se de passagem. Segundo Lupi, há entre 30% e 40% de servidores virtuais. Ele não pretende, porém, recorrer a portarias ou decreto presidencial para obrigar a volta do trabalho presencial. Ainda segundo Lupi, está em análise um concurso para contratação de 1,5 mil médicos peritos, com foco no Nordeste e interior do País.

E-commerce
O comércio brasileiro obteve 15,1% do total da receita de vendas no terceiro trimestre de 2023 por meio de negócios fechados em canais digitais, como sites, aplicativos, emails e outras ferramentas. Segundo o FGV-Ibre, a participação é a maior do online desde o segundo trimestre de 2021 (21,2%), período marcado pela pandemia de covid-19, que restringiu a operação de lojas físicas. O estudo aponta que os canais online respondiam por 9,2% das vendas nos meses anteriores ao início da crise sanitária, em 2020. Trata-se de um patamar inferior ao mais recente.

Desconfiança
Os consumidores estão cautelosos nesse fim de ano. Em outubro houve um leve avanço no consumo (0,3%), após estacionar em setembro. Embora o indicador ainda se mantenha em um nível de satisfação (104,2 pontos), a intenção de compra apresenta desaceleração, com seu crescimento mensal perdendo força desde abril de 2023. Na comparação anual, a intenção de consumo cresceu 19,7%, mas a taxa é a mais baixa desde outubro do ano passado, diz a CNC.
Desconfiança II
Pouco mais da metade (53%) dos brasileiros acredita que a economia brasileira vai melhorar em seis meses. Porém, só 24% vê de forma positiva a situação atual. O Norte e o Nordeste concentram mais pessoas satisfeitas hoje. Segundo a CNI, 22% dizem que a situação tende a piorar. E 21% acreditam que nada deve mudar. Além disso, só 24% consideram boa ou ótima a situação da economia hoje, 36% uma situação regular, e 38% vê como ruim ou péssima.

Saúde: Piso sancionado com veto a calote de estados
Lula sancionou, ontem, a lei que autoriza o Governo a pagar um piso menor para a saúde em 2023 e eleva os repasses da União a estados e municípios neste ano. A redução do piso está alinhada aos interesses da equipe econômica, que tentava resolver um imbróglio ligado ao tema. O problema surgiu porque, com a sanção do novo arcabouço fiscal, foi revogado de forma imediata o antigo teto de gastos – que previa um patamar menor para a área.

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