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Inadimplência: Terceiro recorde

O número de inadimplentes no País teve mais um crescimento em maio de 2023 e atinge 67,30 milhões de brasileiros, terceiro recorde seguido na série histórica do levantamento. Segundo dados da CNDL e SPC Brasil, quatro em cada dez brasileiros adultos (41,31%) estavam negativados em maio deste ano, quando o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 9,42% em relação ao mesmo período de 2022. Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da Federação, além do Distrito Federal, as entidades registram que a variação anual observada em abril deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de abril de 2023 para maio de 2023, o número de devedores cresceu 2,05%.

O crescimento anual se concentrou nas maiores inclusões de devedores com tempo de atraso de 1 a 3 anos (18,23%). O total de devedores com participação mais expressiva no Brasil em maio está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%), ou seja, são 16,70 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa – 48,93% do total deste grupo etário. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 51,07% são mulheres e 48,93%, homens. Em maio de 2023, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.002,06 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 2,09 empresas credoras. Dívidas com bancos lideram os casos (33,76%).

Bancos e dívidas
O Senado quer liberar bancos para executar dívidas por inadimplência, inclusive as sem garantia real vinculada (como imóvel ou veículo), sem necessidade de ir à Justiça. A autorização foi incluída no chamado Marco das Garantias, que tramita em forma de PL e é considerado fundamental pelo Governo Federal para reduzir o custo dos empréstimos. A proposta original foi enviada em 2021, mas o texto é abraçado pela atual gestão diante da expectativa de efeitos positivos no mercado de crédito.
Bancos e dívidas II
O projeto está na pauta da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado hoje. Se aprovado, ainda precisará passar pelo plenário da Casa – o que está previsto para ocorrer também nesta semana. A versão vinda da Câmara já continha dispositivos para acelerar a execução extrajudicial de dívidas com garantia (como no caso dos automóveis), com maior facilidade nos bloqueios e leilões de bens por meio dos cartórios. Hoje, o processo é mais moroso, principalmente no arresto de veículos.

STF dá aval à redução de pensão por morte
O STF decidiu que o cálculo da pensão por morte do INSS, após a reforma da Previdência de 2019 é constitucional. Pela regra, quem fica viúvo tem direito de receber 50% do benefício do segurado que morreu, caso estivesse aposentado, ou da aposentadoria por invalidez a que o segurado teria direito, mais 10% por dependente, até o limite de 100%. Uma viúva sem filhos, por exemplo, recebe um valor mínimo de 60% sobre a aposentadoria do segurado que morreu ou de sua aposentadoria por invalidez.

Confiança sobe
A confiança do consumidor, medida pelo FGV-Ibre, avançou 4,1 pontos em junho, para 92,3 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2019 (94,5). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo terceiro mês seguido, em 1,8 ponto, para 89,1 pontos. Pelo segundo mês seguido, há melhora nas expectativas que sobem 3,6 pontos, para 104 pontos, enquanto a situação atual subiu 4,4 pontos, para 75,7 pontos, e chegou ao maior nível desde março de 2020, (76,1 pontos) no início da pandemia.
Otimismo
O mercado financeiro está mais otimista com relação à economia do País. A expectativa de crescimento do PIB aumentou de 2,14% para 2,18%, entre a semana passada e esta, diz o Boletim Focus, do BC. Há quatro semanas, a previsão era de crescer 1,26%. O resultado mantém uma sequência de sete semanas de alta nas expectativas. O Focus apresenta semanalmente as projeções dos principais indicadores econômicos do País. Para o ano de 2024, a expectativa é de crescimento de 1,22% do PIB.

Montadora já retêm vendas por medo de prejuízo
Os compradores de carros precisam de sorte para encontrar veículos novos que ainda estejam à venda com o desconto dado pelo Governo Federal, pois a verba do programa está perto do fim. Em uma rede da Fiat, uma vendedora informou que a loja não vende mais carros com desconto, pois há risco de que na hora de a compra ser faturada, o benefício pode já ter se esgotado. Acabou o milho?

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