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Isso aí já vem de longe

Prepare o bolso! Jericoacoara terá duas taxas para turistas-O Governo Federal leiloou o Parque Nacional de Jericoacoara por R$ 61 milhões para o Consórcio Dunas, do Grupo Cataratas que já administra vários outros destinos no Brasil. Com isso, o turista que deseja visitar o vilarejo terá que pagar duas taxas: a de Turismo Sustentável que vai para a prefeitura no valor R$ 41,50 por pessoa por até 10 dias, e a taxa de acesso ao parque. Essa taxa vai variar de acordo com o que está previsto em contrato ao longo dos 30 anos de concessão: no primeiro ano, será cobrado R$ 50; no segundo, R$ 70; depois R$ 90 até chegar no valor máximo que será de R$ 120, independentemente da época.A previsão de investimentos é de cerca de R$ 116 milhões em infraestrutura, além da aplicação de R$ 990 milhões em operação e gestão ao longo do período. Além da necessidade de criação da bilheteria, o projeto prevê diversas reformas e melhorias ao Parque Nacional de Jericoacoara, como por exemplo, estacionamentos, lanchonetes, restaurantes, rede wi-fi gratuita para os visitantes e ponto de apoio aos turistas. Além disso, a concessionária ficará responsável pela manutenção de vias, limpeza, segurança e brigada de incêndio. Também estão previstos investimentos socioambientais no parque e seu entorno, como ações de educação, projetos de pesquisa, manejo de espécies, apoio a projetos de mobilidade e integração com a comunidade local. Para isso serão investidos cerca de R$ 91 milhões. A concessionária também pretende instalar serviços de comercialização de produtos como souvenirs, artesanato, entre outros. Não terá que pagar a taxa os moradores, frequentadores e trabalhadores da região, estudantes e professores para atividades de educação ambiental, pesquisadores, servidores e agentes de segurança pública no exercício de suas atividades, guia de turismo e crianças de até seis anos. Visitantes que façam parte do CadÚnico também estarão isentas de pagamento. “Garantimos a inserção no edital de importantes medidas, como a gratuidade do acesso ao parque de pessoas mais carentes, que fazem parte do CadÚnico, além da criação de um conselho com representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Governo do Ceará e outras instituições para garantir uma gestão compartilhada”, frisou o Governador do estado, Elmano de Freitas.

Ficou esquisito. Por pauta do jornalista Marcos Nunes, fui pioneiro, na televisão, a entrar em Jeriquaquara,lá nos anos 1980 e denunciar as primeiras agressões ao paraíso que vivia na paz e nos versos de Joaquim Canuto Pedro, pescador analfabeto que subia a duna – que acabou indo embora – do Por do Sol e lá decorava o que não sabia escrever. Reportagem que fechou o Fantástico. Tantos anos depois, quando o governo Bolsonaro tentou vender Jeri, o PT e as esquerdas bateram o pé e não permitiram. Triste sina, embalde choramos; o PT assumiu o Governo e venderam Jeri.

Porque é bom pensar no carnaval
“Luzia Homem”, personagem do livro escrito por Domingos Olímpio, com o mesmo nome, encarna uma realidade mítica de uma mulher que existiu mesmo. Ela carregava uma parede nas costas para fazer a cadeia pública no meio de dezenas de homens…vítima de violência sexual, matou seu agressor nas matas da serra da Meruoca, para onde havia fugido, com o seu apaixonado Alexandre. Enquanto viajo de SP para nosso CE, lembro-me dessa narrativa que se realiza no século 19, durante uma seca terrível. Hoje, podemos perceber que não era uma parede de tijolos feitos de barro que a Luzia Homem carregava nos ombros . Mas já era o preconceito, a visão de mundo do papel menor da mulher que se impunha na sociedade machista e patriarcal, presente até hoje. Na política, então, vixe maria!! Daí vem o meu apreço, há tempos, com a ação política de mulheres como a Luizianne Lins. Ela vai quebrando os tijolos que “ Luzia Homem” carregava nos ombros, como uma parede que limita a presença feminina no protagonismo político. Apesar dos pedreiros insistirem em fortalecer o muro da exclusão feminina na vida política Mesmo que eventualmente a gente possa ter divergências políticas, cresce meu respeito e admiração pela luta que a Luiziane conduz para retirar o codinome( apelido) de Homem da Luzia, descrita pelo sobralense Domingos Olímpio. E, assim, no Olimpo da Política, as mulheres possam usar seus talentos, competências e suas sabedorias para construírem ombro a ombro com os homens, um mundo muito melhor para se viver , cujo desenho me parece impossível sem as diversidades, respeitando-as e cultivando-as para garantir as equidades socioeconômica, raça gênero etnias e buscar a utopia ( ?) da paz.”Veveu Arruda.

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