23.1 C
Fortaleza

Juros altos travam crédito industrial

O nível elevado das taxas de juros é a maior dificuldade apontada pelas empresas industriais para a obtenção de crédito, atesta levantamento da CNI. As altas taxas são apontadas como entrave independentemente da modalidade de crédito, seja de curto, seja de médio ou de longo prazo. Entre as empresas com dificuldade de acessar crédito de curto ou médio prazo, 71% afirmaram que as taxas de juros foram o principal entrave. No caso de linha de longo prazo, esse foi o fator relatado por 62%. Em segundo lugar, aparece a exigência de garantias reais pelas instituições financeiras – para 25% no caso de crédito de curto ou médio prazo; 32% para longo prazo.
Outros 16%, no caso de curto e médio prazo, reclamaram da falta de linhas adequadas à necessidade da empresa. No caso do crédito de longo prazo, em terceiro lugar no ranking das dificuldades, aparece o processo de aplicação burocrático e lento, indicado por 18% dos entrevistados. A sondagem mostra que 47% das empresas não buscaram contratar nem renovar seus financiamentos de curto ou médio prazo; 6% não conseguiram contratar nem renovar e apenas 28% contrataram ou renovaram linha de crédito. No caso do crédito de longo prazo, 58% não procuraram contratar nem renovar e apenas 14% conseguiram contratar ou renovar. Não está fácil pra ninguém.

Inflação
O índice oficial de inflação do Brasil desacelerou para 0,23% em maio, após subir 0,61% em abril, segundo o IBGE. Com a nova variação, o IPCA atingiu 3,94% no acumulado de 12 meses – o menor nível desde outubro de 2020 (3,92%). Nesse recorte, o índice estava em 4,18% até abril. A variação de 0,23% é a menor para meses de maio desde 2020 (-0,38%), fase inicial da pandemia. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês passado.
Inflação II
O principal impacto (0,12%) e a maior variação (0,93%) foram do segmento de saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram habitação (0,67%) e despesas pessoais (0,64%), com 0,10% e 0,07%, respectivamente. Já os preços de transportes (-0,57%) e artigos de residência (-0,23%), recuaram em maio. No primeiro, destacam-se as passagens aéreas (-17,73%) e os combustíveis (-1,82%). Houve quedas em óleo diesel (-5,96%), gasolina (-1,93%) e gás veicular (-1,01%).

Cartões: Bancos mudam fechamento de faturas
Você usa muito cartão de crédito? Então, preste atenção: alguns bancos do País estão alterando a data de fechamento da fatura. A prática, identificada por clientes e pelo Idec, pode levar o consumidor ao endividamento. A medida não é ilegal, já que não há regra sobre qual o dia exato de fechamento da fatura do cartão, no entanto, fazer a alteração sem comunicar ao cliente violaria o que determina o CDC, diz o Idec. Na prática, a mudança diminui o número de dias entre o fechamento e o pagamento da fatura. Olho vivo!

Caras tentativas
Os subsídios concedidos pela União subiram a R$ 581,5 bilhões em 2022, último ano do período Bolsonaro – equivalente a 5,86% do PIB, alta de 1,1% sobre 2021 e o maior patamar desde 2016. A conta inclui gastos tributários, quando o Governo abre mão de arrecadação para incentivar atividades ou setores econômicos, e os subsídios financeiros e creditícios, para baratear transações, como operações de crédito. Em ano eleitoral, os gastos tributários chegaram ao recorde de 4,65% do PIB.
Caras tentativas II
A principal explicação foi o início da desoneração dos combustíveis, que consumiu R$ 29,88 bi em 2022. A medida foi baixada por Bolsonaro para tentar conter os preços da gasolina e diesel, que tiveram forte alta na esteira das cotações internacionais do petróleo e da alta do dólar. Ele temia que o aumento nas bombas minasse sua popularidade e, claro, suas chances de reeleição. Os subsídios financeiros e creditícios, por sua vez, dobraram de 2021 para 2022, de 0,6% para 1,2% do PIB.
A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, a MP que recria o programa Minha Casa Minha Vida. O projeto foi aprovado em votação simbólica (sem a contagem de votos) e uniu partidos da base do Governo e até mesmo da oposição. O texto vai agora ao Senado, onde precisa ser aprovado até 14 de junho para não perder a validade. A Casa terá somente uma semana para discutir o assunto e qualquer mudança obriga que o projeto volte à Câmara.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img