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Fortaleza

Legislativo sem rumo

Se todos os encargos e responsabilidades têm sido colocados nas mãos do Poder Judiciário, grande parte da culpa deve ser atribuída à própria sociedade, que não se empenha nem se une para cobrar dos legisladores por ele eleitos, a cumprirem os deveres que lhes cabem. Essa é posição exposta pelo ministro Dias Tóffoli, do Supremo Tribunal Federal, em réplica às muitas acusações feitas à Suprema Corte e outros setores da Justiça por jornalistas, deputados e senadores da tropa bolsonarista. Não é preciso nenhum grande aprofundamento em relação a esse polêmico tema, quando se tem acompanhado, nos últimos anos, principalmente da parte da Câmara dos Deputados, que, em sua maioria, os parlamentares que para ali são eleitos vêm gastando o seu tempo em defender a liberação de recursos oriundos das emendas parlamentares por eles aprovadas. Alguns deles chegam a priorizar na Câmara Baixa manobras oposicionistas destinadas a sabotar projetos do Poder Executivo, por conta de sentimentos oposicionistas ditados pelo bolsonarismo. Por conta de tudo isso, crescem as preocupações da sociedade, diante das provas de emulação entre os Poderes Constituídos, únicas armas capazes de promover o equilíbrio institucional, sem o que fica a sociedade sempre mais indefesa. Questões como a criminalização da posse de droga terminam sendo priorizadas, enquanto se batalha pelo equilíbrio econômico e financeiro do país, onde milhões de famílias famintas esperam por alimentos e emprego, em meio a choques entre Poderes.

Política caprichosa. Tinha toda a razão o ex-deputado e ex-presidente da ALECE Antônio Câmara, quando afirmava ser a política uma das atividades humanas mais caprichosas. Exemplo dessa realidade é que, enquanto há três anos os prestigiosos irmãos Ferreira Gomes estavam unidos para tudo, e hoje vive outro panorama com Ciro coordenando a campanha do prefeito Sarto, enquanto Cid cuida das filiações e alianças do PSB e partidos aliados do Palácio da Abolição.

Filiações de peso. Como resultado do empenho do senador Cid Gomes (PSB) para conseguir filiações ao socialismo, está confirmado o ingresso nesse partido do irmão do prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira, um dos mais bem avaliados do Ceará (85%). Com isso, firma-se uma antes improvável coligação com o deputado Osmar Baquit.
FAEC na política. De olho no Agronegócio o senador Cid Gomes está hoje em Quixadá filiando ao PSB o empresário Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura do Ceará com excelente gestão. Filho do ex-deputado Everardo Silveira, ele assume um legado que veio do berço e para o qual está preparado. Seu ingresso na política será de suma importância para desenvolver políticas voltadas para o agronegócio.
Sem saidinhas. Entrou ontem, na pauta da Câmara dos Deputados, projeto do Executivo que acaba com as saidinhas de presos condenados em datas especiais. Conforme lembra o deputado Zé Airton (PT) era uma medida humanística para dar um pouco de dignidade a condenados, que virou liberação de criminosos renitentes.
Candidatura garantida. O deputado Evandro Leitão, com muita cautela em relação ao processo sucessório, dá continuidade à série de encontros com alas petistas programados para consolidar a sua indicação pelo PT. Por conta disso ele, mesmo com o apoio de Camilo Santana e governador Elmano sabe que tem mais petistas de olho no Paço Municipal.
A agricultura e a Economia. No evento de Chorozinho, no Dia de São José, quando confirmou R$ 1,5 bilhão para a agricultura, o governador Elmano anunciou o empenho da Ematerce no esforço do Estado para promover a inserção da agricultura na Economia. A competência da Ematerce é a garantia de um trabalho voltado para o homem do campo.
Homenagem. O terminal Marítimo de Fortaleza passará a ser denominado de Antonio Carlos Belchior, um dos mais consagrados artistas do Ceará e do país. A iniciativa partiu do deputado Leônidas Cristino (PDT), e teve o apoio unânime na Câmara dos Deputados, tendo em vista o talento com que aquele artista nascido em Sobral enriqueceu a música.
Habilidade. É de desconforto a situação política de 25 municípios do Ceará aliados do Palácio da Abolição. São cidades onde as principais lideranças e partidos têm o apoio do governador e do ministro Camilo. Ocorre que, em termos locais, esses políticos se preparam para disputar prefeituras em outubro, desunidas. A solução vai exigir muita habilidade.
Confronto com Pessoa. O deputado Lucinildo Frota, agora filiado ao PDT, é mais um adversário a se confrontar com o prefeito Roberto Pessoa, em missão bem complicada. Para isso, ele se articula apoios do PSDB, Cidadania, Avante e Democracia Cristã. Ele reconhece que não será fácil, mas diz estar bem apoiado por Ciro Gomes, Roberto Cláudio e Sarto, coisa pouca para chegar aos pés de Roberto.

“Em eleições, um bom candidato, quando perde, não perde sozinho. Leva para a beira do abismo a comunidade onde vive.” Ex-governador Lúcio Alcântara.

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