Lula lançou o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na última sexta-feira (11), que prevê investimentos totais de R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão, até o fim do seu mandato, e outros R$ 300 bilhões após 2026. O valor considera recursos do orçamento da União, dinheiro das estatais e recursos privados. Conforma anunciando, as obras se distribuem por nove eixos de investimentos: inclusão digital e conectividade, saúde, educação, infraestrutura social e inclusiva, cidades sustentáveis e resilientes, água para todos, transporte eficiente e sustentável, transição e segurança energética e defesa. Há projetos previstos nas 27 unidades federativas do País, embora nem todos os estados tenham investimentos nos nove eixos.
Além dos projetos de cada ministério, cada governador pode indicar até três projetos para serem incluídos no Novo PAC. O Ceará, por exemplo, contará com aporte no valor de R$ 73,2 bilhões em obras de infraestrutura e equipamentos, tais como: a duplicação da BR-116 até Tabuleiro do Norte; adequação do Anel Rodoviário de Fortaleza – BR-020; Transnordestina; duplicação do Eixão das Águas do Ceará; Cinturão das Águas do Ceará – Trecho I; ramal do rio Salgado; e retomada de construção de mais de 8.200 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, além da construção da barragem Lago de Fronteiras. É obra demais, e dinheiro também. A meta é ousada e o tempo curto. Resta saber se o que foi anunciado será realmente ‘novo’ PAC.

CadÚnico
O desconhecimento nos municípios sobre regras do programa Bolsa Família e o apagão de investimentos na rede de assistência nos últimos anos desafiam o atual governo na tarefa de revisar e atualizar o Cadastro Único de programas sociais. A medida é considerada crucial para fazer os benefícios chegarem a quem realmente precisa, mas tem esbarrado na desinformação, na falta de capacitação dos agentes que atuam na ponta e no desmonte dos centros de atendimento. Um desastre!

CadÚnico II
Ainda na transição, identificou-se situação de “calamidade”, com destaque nos absurdos cadastros de famílias unipessoais (um único integrante), de 1,8 milhão em dezembro de 2018 para 5,5 milhões em outubro de 2022 – explosão de 197%. No mesmo período, o número das demais famílias no CadÚnico subiu 21%. O Governo ainda tenta compreender o fenômeno, que pode ter raízes nas regras do Auxílio Brasil, lançado por Bolsonaro na tentativa de enterrar o nome do Bolsa Família.

Bancos querem taxa do parcelamento sem juros
A solução negociada pelo Governo com BC e instituições financeiras para os altos juros dos cartões de crédito inclui medidas para reduzir compras parceladas sem juros. Um dos caminhos sugeridos pelos bancos é a criação de uma tarifa para essa forma de pagamento, o que enfrenta resistência. Nesse formato, as instituições financeiras reduziriam juros, aumentando a tarifa de intercâmbio cobrada dos lojistas pelas transações com cartões. A medida é vista como negativa por pessoas envolvidas na negociação porque os comerciantes se veriam obrigados a aceitar tais condições.

Qualificação
A Cagece oferta 75 vagas para cursos profissionalizantes em pintura industrial (25 vagas), logística básica (25) e redação (25). Os interessados deverão solicitar carta de encaminhamento ao SINE/IDT e realizar a inscrição na sede da Cagece, no dia 2 de setembro. Para a matrícula, é necessário, além da carta de encaminhamento do Sine/IDT, ter idade mínima de 16 anos, apresentar documento de identificação com foto e comprovante de residência em Fortaleza ou região metropolitana.
Inflação
A inflação na RMF foi de 0,17% em julho, 0,57% acima de junho (-0,4%). No ano, a alta acumulada é de 2,86% e, nos últimos 12 meses, de 2,97%, acima dos 2,13% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, informou o IBGE. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,65%. A maior variação (2,52%) veio de transportes e a menor em artigos de residência (0,36%). No lado das quedas, estão habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,49%), e saúde e cuidados pessoais (-0,35%).

TMP Fortaleza: Docas passa abacaxi para frente
Em leilão que realizado na B3, na última sexta-feira (11), o Terminal Marítimo de Passageiros (TMP) de Fortaleza, localizado no Porto do Mucuripe, foi dado por R$ 100 mil para a empresa paulista Aba Infraestrutura e Logística, por um prazo de 25 anos. O valor do arrendamento, equivalente a um automóvel comum, nos preços de hoje, é tido como ‘simbólico’ e deve gerar economia de até R$ 600 mil/ano para a Companhia Docas do Ceará (CDC) – que queria jogar o abacaxi para outro. E conseguiu. Até quando…