28.4 C
Fortaleza

Selic: BC cede e surpreende

Pela primeira vez em quase três anos, o Copom, do BC, decidiu reduzir os juros básicos da economia brasileira. Na reunião concluída ontem, a quinta de 2023, a autoridade cortou a taxa Selic em 0,5%, para 13,25% ao ano. A decisão surpreendeu boa parte do mercado, pois a média das projeções apontava para uma redução de 0,25%. Todos os membros do comitê votaram a favor da redução dos juros. Roberto Campos Neto, presidente do BC, acompanhou, inclusive, a maioria que definiu o corte maior, enquanto a parte vencida na votação acirrada defendia corte menor (de 0,25%).
Antes desta quarta-feira, o último corte de juros feito pelo BC havia sido realizado na reunião de agosto de 2020, quando a Selic foi de 2,25% para 2%. Em março do ano seguinte, o Copom deu início ao ciclo de aperto monetário e elevou os juros por 12 vezes seguidas, até atingirem 13,75% em agosto de 2022. Desde então, a Selic foi mantida por sete vezes. Agora os investidores avaliam o comunicado que acompanha a decisão da autoridade monetária, onde o Copom sinalizou que decisão tomada “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025”. Na visão das instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC, no Relatório Focus, a Selic deve encerrar o ano de 2023 em 12%.

Primeiros efeitos
Minutos após o BC cortar a Selic, o BB anunciou baixa de juros em algumas linhas, tanto para pessoa física como para pessoa jurídica. As novas taxas estarão disponível para os clientes a partir de amanhã (4). Na pessoa física, os juros caíram nas linhas de crédito consignado, automático, salário, benefício, renovação e 13º Salário. Segundo o BB, o destaque é a redução no consignado INSS, de 1,81% para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% para 1,89% no patamar máximo.
Fisco
Lula sancionou, com vetos, a lei que simplifica obrigações tributárias. Entre os vetos, está a criação da NFB-e (Nota Fiscal Brasil Eletrônica), que unificaria o modelo do documento em todo País; a criação do RCU (Registro Cadastral Unificado), que consideraria o CNPJ o único número de identificação de uma empresa; e, ainda, a Instituição da DFDB (Declaração Fiscal Digital Brasil), que unificaria as informações de tributos federais, estaduais, distritais e municipais.

Pecém: Recorde de 72 mil t de aço embarcadas
O Porto do Pecém concluiu, ontem, a maior operação de placas de aço da sua história. Foram embarcadas mais de 72 mil toneladas de placas em um único navio, um volume recorde que consolida o terminal portuário cearense como um dos portos mais dinâmicos e efetivos do Brasil. Produzidas na siderúrgica instalada na ZPE-Ceará, a ArcelorMittal Pecém, as placas de aço foram embarcadas no navio Yasa Ruby, que partiu com destino ao Porto de Houston, nos Estados Unidos. Ao todo, 2.487 placas foram movimentadas durante toda a operação.

Voa Brasil
O programa Voa Brasil, iniciativa anunciada pelo Governo Federal para oferecer passagens aéreas mais baratas, com valores de até R$ 200, ainda depende de integrações tecnológicas e não vai entrar no ar em agosto, conforme previsto pelo Governo, informou ontem a companhia aérea Latam Airlines no Brasil. A Latam, assim como as companhias Gol e Azul, integra o programa, que depende de um aplicativo específico para funcionar. Ainda sem data oficial para lançamento, a indefinição segue.
Veículos
As vendas de veículos novos tiveram, em julho, o maior volume de um mês em dois anos e meio, refletindo as entregas de carros comercializados com descontos patrocinados pelo Governo. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 225,6 mil unidades foram vendidas em julho, segundo a Fenabrave. Desde dezembro de 2020 (244 mil emplacamentos no País), não se via número tão alto. Sobre junho, as vendas subiram 19%. Frente a igual mês do ano passado, o salto foi de 24%.
Abono esquecido: Prazo de saque acaba sábado
Cerca de 10,4 milhões de trabalhadores ainda podem sacar o dinheiro esquecido nas cotas do PIS/Pasep. O prazo termina neste sábado (5) e a Caixa diz que há R$ 25,5 bilhões disponíveis para os trabalhadores. O saque está disponível para quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 a 1988. O trabalhador pode ter atuado na iniciativa privada ou como servidor público e não ter sacado as cotas do PIS/Pasep até hoje.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img