Nos países desenvolvidos onde atuam grandes e poderosos partidos, são raros os exemplos em que algum desses gigantes, tomando-se como exemplo o Partido Republicano e o Democrata, dos Estados Unidos, sofram ameaças de redução no seu poderio eleitoral. No Brasil, a maioria dos partidos é destituída de conteúdo e estrutura ideológica, sendo longa a fileira dos que são extintos ou a caminho disso. O pior, é que quase nenhum partido em decadência tem conseguido se reerguer. Causa admiração e surpresa a maneira como o Partido Socialista Brasileiro, que sobrevivia entre as siglas marcadas pela estagnação, passou, como num passe de mágica, a ocupar o ponto mais alto no pódio das agremiações políticas em atividade no nosso estado. Entretanto não há como negar que a principal causa para essa reviravolta, deveu-se à maneira desastrosa como atuaram em 2022, alguns dos falsos “donos” do partido, levando-os a perder figuras insubstituíveis como Cid Gomes e Isolda Cela, além da quase totalidade das bancadas federal e estadual, prefeitos e vereadores Acresça-se um detalhe fundamental para essa migração ao PSB, que é a sua condição de ser raridade ao lado do PT e do PCdoB, reconhecidos por ter conteúdo ideológico baseado no socialismo, doutrina destinada a organizar, fortalecer e unificar os que constituem a sociedade.
Aviso aos navegantes. A presidência da Alece não irá permitir no decorrer da campanha eleitoral provocações, agressões, ataques pessoais e prolongamentos de refregas municipais. O deputado Evandro Leitão, programa para depois do Carnaval reunião da Mesa Diretora com o Conselho de Líderes, para debater as regras a serem seguidas para um Legislativo pacífico.
Faz parte. Extraindo-se a boa vontade do presidente Evandro, parlatório pacifico só é bom para colegiado de freiras. A essência de qualquer casa legislativa está no debate de plenário, vez por outra despertando os seus sonolentos ocupantes com manifestações de oradores explosivos. É mais autêntico fazer o circo pegar fogo do que o inadequado silêncio da clausura de conventos.
Homenagem. Amanhã na Câmara dos Deputados, o ex-deputado Padre José Linhares será homenageado com a Medalha do Mérito Parlamentar, como o reconhecimento pelos grandes serviços prestados ao Poder Legislativo e à Nação. O padre Zé foi presidente da Confederação Mundial das Santas Casas, elegendo-se para seis mandatos na Câmara Alta.
PT dividido. Waldemir Catanho, graduado em jornalismo pela UFC e secretário de Articulação Política do governador Elmano de Freitas, atiçou a briga interna do PT para a prefeitura de Fortaleza, manifestando-se a favor da candidatura de Luizianne Lins. Quem sabe da sua influência nos bastidores do partido, entendeu a quem se destinava o seu recado no encontro do PT, sexta passada.
Bocado comido. Na disputa pelos elogios de Cid Gomes, Evandro Leitão ganhou de Luizianne. Ambos ladeavam Camilo Santana na chegada ao Marina Parque, mas o senador queixou-se por não vê-lo filiando-se ao PSB, em vez de escolher o PT. Foi Cid quem o revelou para a política, confiando a ele a liderança do seu governo na Alece… bocado esquecido.
Menino valente. Pegou mal o barraco do capitão Giovani Sampaio, vice-prefeito de Juazeiro, brigando com seguranças que impediram o seu ingresso no salão das autoridades. Mais valente do que ele foi o seu filho, que sem controle, partiu para a bordoada.
Rei sol. Modéstia de Cid Gomes ao se referir ao ministro Camilo Santana no encontro do PSB. “Foi o melhor governador do Ceará, depois de mim.” – Repetiu Luís XIV, Rei da França de 1643 até a sua morte aos 72 anos, no mais longo reinado de toda a Europa.
Lista negra. Os que não foram e entraram na lista negra– Causou espécie as ausências de Chiquinho Feitosa, Republicano, Zezinho Albuquerque, PP e Eunício Oliveira do MDB. Os dois primeiros são contumazes figurantes do círculo do poder. Quanto ao deputado Eunício, ainda não esqueceu a traição dos irmãos Ferreira Gomes na derrota para o Senado Federal.
“A democracia é algo tão precioso que os seus falsos praticantes deveriam ser excluídos para sempre da prática política”. Sir Winston Churchill, Primeiro-Ministro da Inglaterra.
