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UFC participará de estudo sobre cápsula contra câncer

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou, ontem, que deverão ser destinados R$ 10 milhões para as atividades ligadas à pesquisa da fosfoetanolamina, em um período de dois anos. Pesquisadores do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC vão participar de comissão nacional para realizar trabalhos pré-clínicos e clínicos sobre a substância que está sendo utilizada nos tratamentos de câncer, mas ainda sem comprovação científica.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Para o diretor do NPDM, professor Odorico de Moraes, o primeiro passo é analisar o índice de segurança e eficácia da fosfoetanolamina. “Agora, temos que fazer a toxicologia pré-clínica, que vai ver a segurança em animais para determinar doses toleradas em seres humanos. Depois, você passa a estudar em seres humanos. Para fazer esses estudos pré-clínicos, vai ser entre um ano e um ano em meio”, explica o diretor.

Recursos
Do total de recursos destinados ao estudo, R$ 2 milhões serão alocados do orçamento de 2015. Em 2016 e 2017, serão aplicados mais R$ 8 milhões. O grupo responsável pelo trabalho de pesquisa foi definido na última quarta-feira (11), após reunião com representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que vai coordenar o estudo. Participarão da comissão nacional professores da UFC, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos vai trabalhar em parceria com o pesquisador Renato Meneguelo, um dos detentores da patente da fosfoetanolamina. Meneguelo já foi orientado no mestrado pelo professor Gilberto Chierice, precursor dos estudos sobre a fosfoetanolamina na Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos.

A comercialização da fosfoetanolamina, em caso de resultados positivos das pesquisas, deve demorar alguns anos até ser concretizada, uma vez que o estudo envolve inicialmente a segurança da substância, sendo posteriormente pesquisada a eficácia para os tipos específicos de câncer. Somente numa etapa final, o composto poderá ser produzido pela indústria farmacêutica.

Polêmica
O uso da fosfoetanolamina no tratamento de câncer ganhou repercussão nacional após a USP de São Carlos recorrer à Justiça para interromper a distribuição de cápsulas de fosfoetanolamina sintética a pacientes. A decisão da USP trouxe à tona declarações de pacientes com relatos positivos sobre uma suposta cura após o uso das pílulas e outros narraram frustrações no tratamento, o que levantou controvérsias sobre o tema.

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