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Varejo cobra vantagens iguais

A CNC realizou uma pesquisa com 2.377 empresas de todos os segmentos do varejo para medir o tamanho das vendas expostas à competição desleal frente aos importados. O estudo, encaminhado ao Ministério da Fazenda, aponta que 52,4% do faturamento do varejo no País é de itens com preços finais até R$ 250, valor que, com a nova regra de taxação do e-commerce, é isento de imposto de importação por pessoas físicas. Esse percentual representa cerca de R$ 1,5 trilhão das vendas líquidas mensais no varejo nacional. Considerando os produtos amplamente transacionados pelos sites internacionais, cerca de R$ 370 bilhões/mês em vendas sofrerão com a forte competição dos itens de pequeno valor sem imposto, diz a CNC.
A pesquisa identificou que 64% das lojas de produtos farmacêuticos, cosméticos e perfumaria têm a maior parte de suas vendas com valores inferiores a R$ 250 e são as potencialmente mais afetadas. Em seguida, estão os segmentos de roupas e calçados e os de artigos esportivos e culturais (51%). Depois, com 37%, estão os comércios de artigos de uso pessoal e doméstico e o de eletroeletrônicos, informática, móveis e decorações. A entidade afirma que defende o comércio justo e com igualdade de condições para competir. “Por conta do impacto negativo no comércio interno, é fundamental que as empresas brasileiras tipicamente importadoras de produtos acabados até US$ 50 tenham as mesmas premissas que as demais beneficiadas”, destaca, em nota, a CNC.

Drex
O Banco Central divulgou, ontem, o nome oficial do real no formato digital. Será Drex, marca que evoca as palavras “digital”, “real”, “eletrônico” e “transação”. Segundo o BC, a nova moeda digital dará “um passo a mais na família do Pix”. O real digital não é uma criptomoeda, mas uma representação do real na plataforma digital, podendo ser usado para pagamentos, compra e venda de um carro ou um imóvel, para a tomada de empréstimos, dentre outras transações bancárias.
Drex II
A economia no mundo já está toda “tokenizada”, com músicas, obras de arte e ativos financeiros no meio digital cuja autenticidade é assegurada por um token, disse o BC. As moedas digitais dos bancos centrais é o último passo para a transição da economia de forma mais segura. A expectativa é que a nova moeda digital brasileira democratize o acesso aos serviços financeiros, baixando custo de produtos, como empréstimos e seguros, e facilitando o ingresso no ambiente dos investimentos, aumentando, assim, a bancarização no Brasil.

BC vai distribuir R$ 7,2 bilhões restantes
Os brasileiros ainda têm, no total, R$ 7,17 bilhões em dinheiro esquecido, que pode ser recuperado pelo SVR (Sistema de Valores a Receber) do BC, que reúne valores de empresas e pessoas físicas, inclusive falecidas. Até junho, o total de pessoas físicas que ainda têm dinheiro esquecido em bancos e instituições financeiras já supera 37 milhões. Pouco mais de 14,4 milhões já retiraram alguma quantia desde novembro de 2022, quando o BC criou o sistema. Entre empresas, 2,8 milhões seguem com valores disponíveis para retirada, enquanto que 571 mil já sacaram.

Veículos
As vendas de carros seguiram aquecidas após o fim dos descontos patrocinados pelo Governo, diz a Anfavea. Segundo a entidade, as vendas de veículos leves mostraram na primeira semana de agosto crescimento de 23% na comparação com igual período de 2022. Se daqui para frente, as vendas repetirem o volume de igual período de 2022, os emplacamentos de veículos leves vão terminar o ano com crescimento entre 5% e 7%. A Anfavea, porém, mantem em 4,1% a estimativa de alta para 2023.
Veículos II
A produção de veículos, por sua vez, caiu 3,3%, entre junho e julho, para 183 mil unidades, enquanto as vendas subiram 19%, para 225,6 mil, impulsionadas pelo benefício do Governo. Na comparação com julho de 2022, a produção foi 16,4% menor, mas as vendas saltaram 24%, diz a Anfavea. De janeiro a agosto, a produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil ficou praticamente estável sobre igual período de 2022, subindo 0,3%, a 1,315 milhão de unidades.

Mercado vê menores juros e inflação estável
As projeções para a taxa Selic indicam uma trajetória de redução. O Boletim Focus, divulgado, ontem, pelo BC, para o ano de 2023, prevê uma queda de 12% para 11,75%. A expectativa se mantém para 2024, com uma redução de 9,25% para 9%. Para a inflação, a expectativa permanece em 4,84% este ano. Já para 2024, houve uma leve alteração, passando de 3,89% para 3,88%. Para o ano de 2025, as projeções permanecem estáveis em 3,5%.

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