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Bombeiros resgatam 500 pessoas ilhadas após rompimento de barragens

Reprodução
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O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de Minas Gerais informaram nesta sexta-feira (6) que resgataram pelo menos 500 pessoas que estavam ilhadas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, após o rompimento de barragens da mineradora Samarco, ocorrido ontem.

As pessoas resgatadas passam por descontaminação para evitar potenciais danos causados pelo ferro. A técnica consiste em lavagem com água e sabão, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Posteriormente, elas são encaminhadas a hospitais da região, onde realizam exames mais detalhados.

O presidente do sindicato Metabase Mariana, Ronaldo Bento, afirmou que o resgate só foi possível depois que as equipes conseguiram, com o auxílio de retroescavadeiras, abrir passagens em meio ao acúmulo de lama. O resgate mobilizou sete ônibus e cerca de 20 veículos 4×4. Três helicópteros foram usados em apoio à operação.

Segundo informações oficiais dos bombeiros, apenas uma morte foi confirmada até o momento. A vítima é um homem que, ao ver a avalanche de lama, teve um mal súbito. Ontem (5), porém, o comandante do quartel de Mariana, Adão Severino Júnior, informou que pelo menos 17 pessoas morreram, mas o número não foi confirmado oficialmente pela corporação.

O oficial disse ainda estimar que o número de mortes poderia chegar a 60, já que há grande possibilidade de que muitas pessoas tenham sido soterradas. Ainda na noite de quinta, sete feridos receberam atendimento no hospital Monsenhor Horta, em Mariana, dos quais seis receberam alta e um permanece em estado estável e não corre risco de morte.

Já em relação aos desaparecidos, o relações-públicas do Corpo de Bombeiros mineiro, major Rubem Cruz, informou que as equipes de resgate trabalham com um número preliminar: 13 pessoas. Esse número, no entanto, ainda não foi atualizado. Militares fazem uma ronda pela cidade em busca de informações e detalhes.

Na avaliação do presidente do sindicato Metabase Mariana, pelo menos 50 funcionários podem estar desaparecidos, de acordo com a apuração do sindicato e dos relatos de familiares, amigos e colegas de trabalho. O líder sindical afirmou que, no mínimo, 200 pessoas trabalhavam na operação da barragem de rejeitos do Fundão.

Os órgãos envolvidos nos trabalhos pós-desastre ainda não quantificaram o número de desabrigados e desalojados.

A Samarco informou que está realizando “todas as ações previstas no seu Plano de Ação Emergencial de Barragens” e “mobilizando todos os esforços necessários para priorizar o atendimento e a integridade das pessoas que estavam trabalhando no local ou que residem” em áreas próximas às barragens.

“Todas as pessoas resgatadas com ferimentos estão sendo encaminhadas para pronto atendimento no hospital do município de Mariana e demais municípios próximos e, os desabrigados, para um ginásio de Mariana onde equipes prestam auxílio a todos. Neste momento, não há confirmação das causas e a completa extensão do ocorrido. Até o momento, não é possível confirmar número de vítimas e desaparecidos. Investigações e estudos apontarão as reais causas do ocorrido”, informou.

Na versão da Samarco, em julho deste ano, técnicos fizeram a última fiscalização na área onde ocorreu o acidente. Na ocasião, não foram verificadas irregularidades, de acordo com a empresa. “A Samarco também realiza inspeções próprias, conforme Lei Federal de Segurança de Barragens, e conta com equipe de operação em turno de 24 horas para manutenção e identificação, de forma imediata, de qualquer anormalidade.”
DA REDAÇÃO DO ESTADO ONLINE
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Fonte: UOL
(AG)

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