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Nacional

Celso Amorim defende abstenção contra regime iraniano

terça-feira, 23 de novembro 2010

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu a abstenção do Brasil na votação da ONU (Organização das Nações Unidas) que aprovou resolução contra violações de direitos humanos no Irã.

Amorim não citou o nome de Sakineh Ashtiani, iraniana condenada à morte por apedrejamento.

Diante da reação internacional, o governo iraniano teria decidido que ela seria morta por enforcamento, mas ainda há dúvidas sobre o que ocorrerá com ela.

Na ação, Sakineh foi acusada de adultério, por ter tido relações sexuais com um homem depois da morte do seu marido.

Mesmo sendo viúva, as leis islâmicas proíbem relações fora do casamento. A condenação final, que levou à declaração da pena de morte, foi de envolvimento na morte do marido.

Amorim disse hoje em Genebra que o país condena o apedrejamento, mas prefere discutir o assunto diretamente com o Irã por considerar o diálogo mais efetivo.

“Obviamente o Brasil condena o apedrejamento, como já disse várias vezes. Temos condições de fazer isso [discutir o assunto] de maneira mais efetiva que outros países porque temos diálogo com o governo do Irã’’, disse Amorim.

Segundo o chanceler, o governo iraniano prometeu ao Brasil que esse método não será mais usado como pena de morte.
Amorim argumentou que a resolução da ONU não era apenas o apedrejamento, embora o tema estivesse no documento.
A resolução da ONU foi apresentada pelo Canadá. Além do Brasil, outros 56 países se abstiveram da votação. O texto foi aprovado por 80 votos a favor e 44 contra.

CRÍTICAS
Ele aproveitou para criticar os países que aprovaram o texto, dizendo que queriam apenas receber aplausos de ONGs (Organizações Não-Governamentais) que condenam o Irã, em vez de tentar reverter o problema.

“Procuramos falar com interlocutores. Isso é mais importante para a senhora ameaçada do que os países receberem aplausos de ONGs’’, acrescentou.

Em julho, o presidente Lula ofereceu asilo à iraniana, o que foi negado por pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Na primeira entrevista depois de eleita presidente da República, Dilma Rousseff também manifestou repúdio contra o apedrejamento, classificando esse método de pena de morte como “uma coisa muito bárbara’’.
 

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