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31 julho 2008.
Fortaleza, Ceará, Brasil.

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Nacional

Conselheiro de Eike diz que ação da PF foi enredo tragicômico

quinta-feira, 31 de julho 2008

A cerimônia que marcou a concessão de licença prévia para a construção de um dos projetos de Eike Batista torrou-se um ato de desagravo ao empresário, investigado pela PF (Polícia Federal) por supostas irregularidades no processo de concessão de uma ferrovia no Amapá.

Conselheiro e espécie de braço-direito de Batista, o ex-ministro e ex-governador do Estado da Guanabara, Raphael de Almeida Magalhães, classificou a ação de busca e apreensão da PF nas empresas do grupo EBX de “enredo tragicômico”, que segundo Magalhães, foi armado pela “associação espúria” de setores da Polícia Federal, do MP e do jornalismo.

“Tentaram manchar sua honra de cidadão, empresário e brasileiro num ato de irresponsabilidade e de gratuidade”, afirmou o ex-governador.
Magalhães exaltou o fato de Batista ter dado garantias pessoais à empresa Anglo American, que está comprando parte dos ativos do grupo de Eike, entre os quais, a ferrovia em questão.

“Apenas ele, e não as demais empresas de capital aberto de seu grupo, [pode responder] por qualquer prejuízo que possa vir a resultar do enredo tragicômico armado pela espúria associação entre alguns agentes da PF, descuidados dos deveres de prudência e moderação com que devem exercer suas importantes missões; alguns membros do MP, atraídos pelos holofotes da evidência pública e de poucos jornalistas, seduzidos pela notoriedade do denuncismo de fácil extração, envolvendo projeto em plena operação da MMX no Amapá.”

A cerimônia teve a presença dos filhos de Eike Batista, Olin e Thor, de seu pai, Eliezer Batista, e da namorada, Flávia, além de toda a diretoria das empresas do grupo. Foi liberada a licença prévia para a instalação de uma usina termelétrica no complexo do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), que terá capacidade instalada de 2.100 MW (megawatts).

O governador Sergio Cabral elogiou o empresário, mas cobrou mais prudência nas críticas à PF e à imprensa.
“Há excessos. Mas é muito melhor ter uma PF trabalhando, um MP trabalhando e uma imprensa livre do que visitar meu pai na cadeia como eu visitei quando eu tinha sete anos. Então, vamos ter cuidado nas críticas a essas instituições porque elas são fundamentais. Elas erram, mas são fundamentais”, disse.

Para Cabral, Batista é um “homem limpo”, que dá seqüência a trajetória do pai, que descreveu como extraordinária.
“Vá em frente. Ande de cabeça erguida, você é um brasileiro extraordinário, é um orgulho para o Rio.”

Em seu discurso, Eike Batista evitou abordar a investigação da PF, mas ressaltou que começou o trabalho de suas empresas há 28 anos, e “não há quatro, como talvez muitos acreditem”. O empresário não deu declarações à imprensa.

“Construímos uma reputação internacional desde 1980, pela ética, transparência e capacidade ímpar de execução, sempre dividindo a maciça criação de riquezas com executivos, com as comunidades envolvidas e nossa preciosa natureza”, afirmou
 

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