Os funcionários dos Correios decidiram ontem a tarde, por unanimidade, permanecer em greve por tempo indeterminado. Nas assembléias dos sindicatos da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) em todo o País, eles votaram por permanecer paralisados até que um acordo seja fechado.
Representantes dos trabalhadores e dirigentes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) participaram ontem de audiência no Tribunal Superior do Trabalho, que terminou sem acordo.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Rider Nogueira de Brito, propôs na audiência que os trabalhadores da ECT encerrem a paralisação, iniciada no último dia 1º. Ele se comprometeu a mediar a negociação entre trabalhadores e a estatal. Segundo a Fentect, a greve atinge os trabalhadores de 23 Estados, mais o DF.
Com a proposta negada pelos trabalhadores, Rider de Brito vai designar no próximo dia 15 um relator para que seja julgado pelo tribunal o pedido de abusividade da greve.
De acordo com a assessoria de imprensa da Fentect, os trabalhadores irão negociar com a ECT até a próxima audiência, dia 15. A greve só chegará ao fim se houver acordo, informou a assessoria.
A categoria reivindica o fim do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que começou a ser implantado em 1º de julho. O novo plano permite demissão por baixa produtividade.