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Fortaleza

Resistência, restrição e proibição ao extrativismo mineral

POR TARCILIA REGO
do OeV

Não por acaso, pois coincidências não acontecem, o livro “Diferentes Formas de Dizer Não: experiências de resistência, restrição e proibição ao extrativismo mineral,” foi lançado dia 5, em Fortaleza. Neste dia aconteceu o rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco, causando uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, já considerado o maior acidente socioambiental do Brasil.

Organizado pela doutoranda, Julianna Malerba, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/URFJ), o livro destaca casos de resistência popular e mobilização contra os impactos socioambientais de projetos de mineração em diversos países do mundo.

A publicação produzida pela FASE em parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Socioambientais (NESSA/UFF) e com o Grupo de Pesquisa Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (PoEMAS/UFJF), retrata impactos da extração de recursos minerais em distintos países: Argentina, Peru, Costa Rica, Estados Unidos, Filipinas e Equador.

O evento de lançamento foi realizado pelo Núcleo Tramas/UFC, em parceria com a FASE e com a Articulação Antinuclear do Ceará (AACE), na sede da ADUFC, no bairro Benfica. O evento contou com a presença da organizadora da publicação, e aconteceu associado à oficina “Áreas Livres de Mineração”.
Em nota o Tramas afirma que a publicação destaca como o “tratamento privilegiado é concedido às atividades extrativas minerais na legislação brasileira, ressaltando os crescentes impactos ambientais por ela induzidos. Apresenta estudos de caso e demonstra que a exploração mineral em larga escala tem produzido desigualdade e violado direitos em todo o mundo”.

O documento vai além: “mapeia as estratégias das comunidades afetadas, organizações e movimentos sociais para resistir às violações, à contaminação e à devastação ambiental provocada pela mineração e extração de petróleo”. O rompimento da barragem de Fundão, certamente, é um vasto material para estudo e através do qual, Malerba poderá organizar e ou escrever um novo livro sobre o tema.

*Com informações do Núcleo Trama.

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