Faltam 30 dias para o 1º de janeiro de 2016. Nesta data, a “era petista” não tem, com certeza, algo a comemorar os seus 13 anos de poder. E a sociedade brasileira vai, ou não vai, aplaudir os integrantes da Operação Lava Jato? Corruptos rotulados de lideranças do partido governista estão nos xadrezes da Polícia Federal. De ex-ministro a senador da República, além de banqueiros e empresários de fortunas ilícitas. Todos corruptos e aliados desse governo na construção de uma “organização criminosa” a serviço dos malfeitores.
Todos os indicadores da economia nacional estão pessimistas. Anunciam recessão e crescimento do desemprego, além de inflação crescente, queda nos setores produtivos e corte de recursos orçamentários, o que significam menos investimentos e reflexos negativos no bem-estar social e no poder de restauração da economia. O que tem o governo petista a comemorar, além da desesperança e falta de credibilidade. O Pais está sem bússola que possa indicar porto seguro.
Em delação premiada revelou um preso diretor da Andrade Gutierrez – propina e roubalheira neste País deram largada em 1987, dois anos depois que os militares deixaram o Palácio do Planalto. Portanto, há 28 anos os pseudodefensores da democracia sugam o sangue, o suor e as lágrimas dos trabalhadores brasileiros. Exceção: governo Itamar Franco. Posteriormente a situação retornou ao status quo, e, mais assaltos aos cofres públicos aconteceram.
Com a descoberta do mensalão e do petrolão, a “organização criminosa” amenizou ações. A prisão do senador Delcídio, líder do governo, está abalando o PT e seus dirigentes. Lula e companheiros culpam adversários – “estão tentando destruir o partido”. Ninguém de fora tenta destruir o PT. Os roedores estão dentro e alojados nas dependências do partido. Como explicar as prisões de dois tesoureiros e de ex-presidentes do PT? As eleições de 2016 e 2018 deverão sepultar a “estrela” petista, e a prisão de Delcídio, mais um prego no caixão do PT, além do anterior com a prisão do amigo-irmão de Lula – José Carlos Bumlai. Ambas com consequências imprevisíveis.
As delações premiadas ameaçam bombardear a aparente tranquilidade de Lula e de Dilma. Cerveró é homem que “sabe muito” e tem poder de fogo. A Operação Lava Jato está chegando ao Palácio do Planalto, e Cerveró participou da compra de Pasadena. Prejuízo de 792 milhões de dólares à Petrobras. Na época, Dilma era ministra de Minas e Energia e presidia o Conselho Administrativo da Petrobras. Na prisão de Delcídio, foi dito que Dilma sabia de tudo. Essa compra será investigada, e Cerveró pode revelar segredos.
Hélder Cordeiro
Jornalista
