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23 julho 2008.
Fortaleza, Ceará, Brasil.

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Opinião

A colheita da UVA

quarta-feira, 23 de julho 2008

Tudo o que plantamos hoje, em educação, só apresentará frutos daqui a 10, 15 anos. A ação de maior destaque da UVA foi iniciada em 1996, com uma operação de guerra que objetivava dar qualificação aos professores da rede pública. A grande maioria era de professores leigos. Enfrentando incompreensões de todo tipo, a UVA dava partida a um projeto de intensa interiorização do ensino superior. Como nos ensinou o sábio Salomão, no terceiro capítulo do Eclesiastes, há um tempo de plantar e um tempo de colher. 

Os indicadores da educação, tanto federal como estadual, são parâmetros para avaliar a eficácia daquele trabalho, ainda hoje continuado pela UVA. E demonstram, 12 anos depois, que o tempo é mesmo de colheita. Sem aquela ação, estaríamos muito aquém. Os números comprovam a importância daquele trabalho, com repercussão não só na zona norte, sede da universidade, mas nos demais municípios para onde se estendeu, chegando a 140.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), apurado em 2007 pelo Ministério da Educação, registra que os alunos do Ceará obtiveram as melhores notas do Nordeste. É claro que essa performance é resultado de um esforço conjunto que inclui as demais universidades. Mas podemos afirmar que os cursos de Pedagogia em Regime Especial e de Licenciaturas Específicas promovidos pela Uva em todo o interior cearense contribuíram de forma eficaz.

Os indicadores do Governo do Estado são mais específicos e apontam claramente que os melhores resultados estão nas áreas de mais forte atuação da UVA. As melhores notas do Mapa da Alfabetização, elaborado pela Secretaria da Educação, encontram-se na zona norte, incluindo os três primeiros colocados: Sobral, Mucambo e Cruz. Lembremo-nos que apenas 14 cidades tiveram um desempenho considerado desejável pela Seduc. Mais de 71% delas se localizam na zona norte.

O sucesso de hoje é fruto do trabalho, iniciado há 12 anos, quando a UVA enfrentou o desafio lançado pela LDB e pelo Conselho de Reitores, com um audacioso programa de qualificação dos professores leigos por intermédio do Curso de Pedagogia em Regime Especial, levando a universidade a mais de 100 municípios, graduando em 7 anos mais de 30.000 docentes leigos, um magnífico processo de interiorização do ensino superior e de inclusão social pela educação.

À medida em que a erradicação do professor leigo se concretizava, divulgou-se a notícia de que o Brasil tinha carência de 130.000 professores no ensino médio, fato este que estimulou a Uva a lançar, nos municípios onde atuava, Cursos de Licenciatura Específica nas áreas de Português, Matemática, Geografia, História e Biologia.

A UVA ofereceu aos docentes a oportunidade de qualificação, de melhoria da auto-estima e de ascensão funcional. E, aos discentes, a oferta de uma educação de melhor qualidade.

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