26.1 C
Fortaleza

A língua portuguesa como base para o progresso comum dos países através CPLP

A trajetória do império colonial de Portugal, que teve início no século XV com a conquista de Ceuta e estendeu-se até o século XX, é a responsável pela expansão da língua portuguesa pelos continentes. Atualmente, mais de 220 milhões de pessoas falam o português, que é a sétima língua materna mais falada no mundo e também o eixo estruturante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), organização que reúne os nove países que têm o português como língua oficial com foco no fortalecimento dos laços culturais, econômicos e políticos.
Perante os contextos geopolíticos impostos pela globalização, esses esforços conjuntos permitem aos países lusófonos a possibilidade de enfrentar melhor os desafios globais. A ideia de formar essa comunidade surgiu como uma forma de fortalecer a cooperação em diversas áreas, incluindo a educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia, além de promover a paz e a segurança internacional.
A CPLP foi constituída em 17 de julho de 1996, em Lisboa, por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial. A importância da CPLP para os países aderentes é multifacetada. Primeiramente, proporciona um espaço para a diplomacia multilateral, permitindo que seus membros coordenem posições em organismos internacionais e defendam interesses comuns. Essa unidade tem sido crucial em fóruns como as Nações Unidas, onde a voz coletiva tem maior peso e influência.
Além disso, desempenha um papel vital na promoção do desenvolvimento econômico. Através de iniciativas de cooperação econômica e técnica, os países membros têm a oportunidade de compartilhar conhecimentos, tecnologias e boas práticas. Projetos conjuntos em áreas como agricultura, energia, educação e saúde têm sido particularmente importantes para este desenvolvimento. Por exemplo, programas de capacitação e transferência de tecnologia têm ajudado a melhorar a produtividade agrícola em países como Angola e Moçambique, contribuindo para a segurança alimentar e o desenvolvimento rural.
Na esfera econômica, a CPLP tem potencial para fomentar o comércio e o investimento entre os países membros. A criação de um mercado lusófono mais integrado pode reduzir barreiras comerciais, facilitar a movimentação de bens e serviços e atrair investimentos estrangeiros. Países como Portugal e Brasil, com economias mais desenvolvidas, podem atuar como pontes para o investimento em nações africanas lusófonas, promovendo um crescimento econômico mais equilibrado e inclusivo na comunidade.
A organização também tem um papel significativo na promoção da educação e da cultura. Iniciativas como a mobilidade acadêmica entre universidades dos países membros e programas culturais conjuntos ajudam a reforçar os laços históricos e culturais, além de promover o intercâmbio de conhecimentos.
Já no âmbito político e social, a CPLP atua na promoção da democracia, dos direitos humanos e da boa governança. Programas de apoio a processos eleitorais, capacitação de instituições públicas e promoção da transparência são exemplos de como a organização contribui para a estabilidade política e o desenvolvimento sustentável.
A CPLP não se limita a ser um foro de discussão; é também um catalisador para a implementação de políticas e programas que beneficiam diretamente os países membros. É importante destacar que a língua portuguesa, como elemento central da identidade da CPLP, é continuamente fortalecida e promovida através dessas atividades, assegurando sua vitalidade e expansão global. Essa troca de experiências inspiradas nas melhores práticas internacionais são passos essenciais para a construção de sociedades mais justas e equitativas.

BEATRIZ SIDRIM
JURISTA E
CEO DA DESTINOS
OBJETIVOS

Mais Lidas

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Justiça pede remoção de vídeos da convenção de Evandro

Decisão atendeu a pedido do PL, que acusou a chapa liderada pelo PT de propaganda eleitoral antecipada no evento com presidente Lula
spot_img