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Ainda sobre Clóvis e Amélia


Ainda sobre o casal Clóvis e Amélia Beviláqua, no dia 26 de julho, às 16 horas, ocorrerá a homenagem póstuma ao jurista, por ocasião da data que marca seus 80 anos de falecimento, quando, então, as cinzes do casal serão depositadas abaixo do monumento feito para Clóvis Beviláqua, na praça que leva seu nome, em Viçosa do Ceará, local onde nasceu.
No dia anterior, a urna contendo as cinzas do casal passará por lugares simbólicos: o Palácio da Abolição (sede do governo do Estado), Tribunal de Justiça (o Fórum do Judiciário Estadual cearense leva seu nome), o Palácio da Luz ( onde é patrono da cadeira 7), OAB-CE, Instituto do Ceará (onde foi sócio honorário), em seguida, rumará para seu torrão natal.
Cumpre destacar que essa homenagem é resultado de uma longa trajetória, para tanto, contando com os esforços de muitos, dentre os quais destacamos o prof. José Luís Lira e os parentes do casal famoso (a filha Victória Ciríaca e as netas Maria Teresa e Maria Cecília), os quais envidaram esforços para transferir a titularidade e a exumação dos restos mortais depositados no jazigo da família, no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, para o Ceará, precisamente, em Viçosa do Ceará.
A Lei nº 830/2024 de 15 de abril de 2024, do município de Viçosa do Ceará, constituiu uma comissão, formada pelo prof. José Luís Lira (presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sobral), prof. Gilson Barreto (secretário municipal de turismo e cultura), Júlio lima Verde (presidente do Instituto do Ceará), Paulo Quezado (advogado) e Maria Cecília Beviláqua de Paula (neta do casal), encarregada de tomar as providências necessárias para a realização de tal intento.
Na Revista O Cruzeiro, de 3 de agosto de 1957, escreveria Rachel de Queiroz, quase num prenúncio: “Festejemos Clóvis Beviláqua, reeditemos sua obra, premiemos seus biógrafos e seus comentadores, e da inumação das suas cinzas, façamos uma festa cívica que impressione os moços. Precisamos mostrar a esses meninos que crescem entre retornos e tanques de guerra, que a força pode esmagar, mas o Direito sobrevive.”
Sobre o momento em que as cinzas do casal seriam retiradas do local onde estavam, na Carta Aberta a Amélia e Clóvis, assim escreve o prof. José Luís Lira: “a luz que se refletia em seu túmulo, Dr. Clóvis, naquela manhã de terça-feira, após o São João, simbolicamente, nos deu a certeza de que fizemos o correto, pois, “o amor, muito amado, fala manso.”

GRECIANNY CORDEIRO
PROMOTORA
DE JUSTIÇA

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