A sociedade brasileira está cada vez mais atenta a respeito das ações de seus governantes eleitos. Uma consciência crítica e cidadã vem fortalecendo a cobrança por mais eficácia e transparência nas práticas adotadas por gestores públicos. Nesse sentido, é alvissareira a campanha desenvolvida pelo Ministério Público Federal contra a corrupção galopante no Brasil, na semana em que se celebra o Dia Internacional de Combate à Corrupção.

A campanha “Dez medidas contra a corrupção” adotará um reforço na divulgação de material que explica, de forma lúdica, como o combate à corrupção pode ser mais efetivo se as propostas de alteração legislativa forem aprovadas. O objetivo é atingir 1,5 milhão de assinaturas para encaminhar o projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional. Até o momento, já são 854 mil assinaturas com o apoio de cidadãos em todo o Brasil.

A campanha tem um grande mérito: mostrar como os malfeitos dos políticos afetam diretamente a vida do cidadão comum, que, muitas vezes, alheio ao cenário político, acaba não entendendo como tais atos podem lhe afetar. Um dos vídeos, por exemplo, ensina, de maneira didática, que corrupção é como um cano furado, que desvia e desperdiça recursos que jamais chegam ao seu destino. Dinheiro que poderia ser usado para melhorar a saúde e a educação e aumentar o investimento em ciência e tecnologia, por exemplo. E explica que o Ministério Público propõe as dez medidas contra a corrupção e a impunidade, entre as quais, aperfeiçoar a lei, de modo a tornar mais fácil a recuperação de recursos desviados e eventual punição de culpados.

É preciso divulgar essa ideia, debatê-la, levá-la às escolas, universidades, imprensa e demais fóruns de formação de ideias e discussão de propostas da sociedade. Corrupção é um mal crônico que, se não pode ser extinto, deve ser combatido com todas as nossas forças.

Editorial